A terceira semana de estreias em março é a mais irregular e pouco previsível de todo mês. Afinal, as suas principais estreias são apostas extremamente arriscadas -- um longa dos videogames e outro, religioso -- enquanto os lançamentos secundários variam entre ´poucos populares ou para públicos extremamente específicos, que não devem ser de fácil aceitação geral.
Mas nós, aqui do Esquina, selecionamos os principais lançamentos e mostramos o que a imprensa especializada está falando sobre cada um deles -- de forma positiva e negativa, é claro. Além disso, se você se interessar um pouco mais sobre cada um dos títulos que aqui estão destacados, basta clicar no título em azul e negrito para entrar na página oficial do filme no IMDb.
Após um duro término de namoro, Jeanne (Esther Garrel) busca abrigo na casa do pai (Éric Caravaca), um professor universitário. Estabelecida, a jovem extremamente abatida pela separação descobre que a nova namorada dele tem a sua idade e, superado o choque inicial, as duas passam a compartilhar segredos. Aqui no Esquina, aprovamos o novo resultado do filme de Philippe Garrel: "o longa-metragem tem ar de nouvelle vague que aumenta a força da produção", disse o editor Matheus Mans. No CCine 10, também gostaram. "As relações amorosas tendem a ser conturbadas e é constantemente explorada no cinema. Poucos cineastas, entretanto, conseguem tratar este tema infinito de forma tão interessante – e um deles é Philippe Garrel".
Após cumprir pena por tráfico de drogas, o turco Nuri Sekerci (Numan Acar) leva uma vida amorosa e tranquila com a esposa Katja Sekerci (Diane Kruger) e o filho Rocco na Alemanha. Certo dia ele e o menino estão no escritório e morrem vítimas de uma explosão criminosa, tragédia que deixa Katja sem chão. Ela batalha na justiça pela punição dos culpados, um casal neonazista, e, insatisfeita com o desenrolar do caso, decide pela vingança com as próprias mãos. O Adoro Cinema adorou o resultado final, dando quatro estrelas. "O barato de Em Pedaços é perceber os processos de Fatih Akın para manipular o público em torno de uma proposta, ou apenas senti-los", afirmou o crítico Rodrigo Torres no site.
Acompanha a história de uma das figuras mais enigmáticas e incompreendidas da história bíblica: Maria Madalena (Rooney Mara). Em busca de uma nova maneira de viver, contrariando a sociedade, sua família tradicional e o machismo de alguns apóstolos, a jovem junta-se a Jesus de Nazaré (Joaquin Phoenix) em sua incansável missão de propagar a fé. A imprensa não tem dado impressões positivas. A Veja deixou claro que o filme é chato. "Há problemas incontornáveis: a narrativa lenta, a atuação supostamente densa de Rooney Mara e, sobretudo, a falta de novidades para um enredo milenar." E o The Guardian foi curto e seco: "o que nos resta é um romance platônico de apóstolo".
Releitura do videogame, que já ganhou versão com Angelina Jolie. Aqui, acompanhamos a história de Lara Croft (Alicia Vikander), uma garota de 21 anos que se recusa a assumir a companhia global do seu pai desaparecido. Tentando desvendar o sumiço, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa. A imprensa não tem gostado muito do resultado. O The Hollywood Reporter fez piada com o filme. "A história secundária e os personagens coadjuvantes saírem direto da série de filmes de 1930", disse. E o Papo de Cinema acabou com o longa. "É mais do que problemático. É um típico filme de produtor, que atira para todos os lados tentando acertar o maior público possível, e acaba não agradando ninguém de fato."
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