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Foto do escritorBárbara Zago

'Todo mundo é um herói em sua própria história', afirma Henry Cavill

Atualizado: 14 de dez. de 2019


Nem só de super-homem vive Henry Cavill. A atração surpresa da CCXP19 veio ao Brasil para lançar sua nova série na Netflix, The Witcher. Baseada nos livros de Andrzej Sapkowski, a história conta a luta de Geralt para encontrar seu lugar no mundo, ainda que para isso seja um viajante responsável por matar de monstros.


Com trechos do episódio exibido no painel de domingo, dia 8, o ator e a produtora, Lauren Schmidt, participaram de uma coletiva de imprensa para responder perguntas sobre seu novo trabalho.


Ao serem questionados se eram fãs do livro, Schmidt relembra que leu o último livro um ano antes e se apaixonou. Já Cavill diz que sempre foi um grande admirador do gênero, pois seu pai lia livros de fantasia pra ele quando criança: “eu conhecia os jogos, aí quando conheci Lauren e ela me falou sobre a série eu não tinha ideia. Imaginei que as histórias tinham a ver com o jogo, mas eu estava errado. O mundo criado pelo autor é maravilhoso e fiquei apaixonado.”


Cavill, que interpreta o protagonista Geralt, conta um pouco sobre o personagem, admitindo que a maneira de classificá-lo depende do ponto de vista: “todo mundo é um herói em sua própria história, e se você olhar por uma outra perspectiva, o mesmo personagem pode ser um vilão. Ele é essencialmente bom, mas se você ver os corpos lá no chão, talvez não o ache um herói”.



No entanto, diz que é um personagem muito interessante de seguir, pois é o oposto do que estamos acostumados. Ainda que na cultura pop estejamos familiarizados com anti-heróis, ressalta que seu personagem não é um deles. O público gosta de um elemento mau nas histórias e Geralt é quem dá vida a isso – ainda que não goste disso.


Para poder entrar no papel, Cavill admite que os locais de gravação o ajudaram muito, sendo uma de suas coisas favoritas enquanto filmava a série. Conta que o designer responsável pôde criar sets extraordinários e tão realistas que o permitiram se transportar para aquele lugar, tendo uma conexão real com aquele mundo.


Schmidt revela que a fantasia lida com muitos temas – política, família, batalhas – então tem a tendência a ser algo muito dramático. Mas nada mais é do que sobre pessoas normais que acordam e trabalham todos os dias, porém expressa de outra forma.


Quando questionada sobre o processo criativo, responde que foi maravilhoso, porém muito desafiador, visto que possui muito material já que a saga se estende por oito livros: “Ao mesmo tempo que a gente quer honrar os fãs da saga, também queremos surpreendê-los e ganhar uma nova audiência. Nós sentamos e decidimos o melhor jeito de contar essa história. Existiam coisas que sabíamos que os fãs gostariam de ver, então por 20 semanas nós batemos nossa cabeça contra as paredes pra ter esse resultado final”.


Esbanjando simpatia, Cavill e Schimdt se despedem e encerraram a coletiva trazendo ansiedade pelos novos episódios, que estarão disponíveis na plataforma de streaming a partir do dia 20 de dezembro. Ainda que seja cedo para julgar, The Witcher parece estar disposto a atrair diferentes audiências. Quem sabe?

 
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