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Foto do escritorMatheus Mans

Resenha: 'O Guia Geek de Cinema' é leitura indispensável aos fãs de ficção científica


Amo cinema e uma das minhas paixões é falar sobre minhas experiências com a sétima arte. No entanto, não há gênero que mexa mais comigo do que a ficção científica. Não importa o estilo. Podem ser os filmes mais fantasiosos (Star Wars), aqueles mais calcados em tecnologia de ponta (Ex-Machina), clássicos (Metrópolis) ou aqueles que nem parecem FC (Questão de Tempo).


É um gênero maravilhoso, com muitos caminhos e possibilidades. Por isso digo com tranquilidade: O Guia Geek de Cinema, de Ryan Lambie, é um daqueles livros indispensáveis para fãs de ficção científica e de cinema, no geral. Com uma edição luxuosa da Editora Seoman, com capa dura e bom acabamento, o livro faz um passeio pela história da ficção científica.


O mais interessante aqui, porém, é que apesar de funcionar como uma linha do tempo, Lambie não se limita a seguir um passo a passo temporal óbvio e cansativo. Pegando filões da história do cinema, ele contextualiza a época, usa um filme forte do período como exemplo principal e explora aquele tema -- invasões alienígenas, exploração espacial, vampiros de alma e por aí vai.


Com isso, mais do que entender a ficção científica através dos anos, entendemos os movimentos que existem dentro desse gênero, características particulares e estilos de história. É a forma mais eficaz, sem dúvidas, de entender melhor as diferentes facetas e particularidades da ficção científica, sem transformar esse guia em uma espécie de enciclopédia cansativa demais.

E isso não quer dizer que O Guia Geek do Cinema não é informativo ou coisa do tipo. Lambie sabe passar uma grande quantidade de informação sem comprometer o andamento da leitura.


O capítulo sobre monstros gigantes, por exemplo. Pega o clássico Godzilla como exemplo. No entanto, ao invés de apenas falar sobre o filme e a onda de monstros gigantes que surgiu nos cinemas, o autor se aprofunda no porquê do Godzilla ter se tornado popular -- a questão da bomba atômica, do medo do desconhecido que tomou os japoneses e outras coisas desse tipo.


Outro destaque está ao final de cada capítulo, um capricho do autor e da editora brasileira, quando encontramos um pequeno índice com os filmes citados naquele trecho e que vão além do filme principal, que abre o capítulo. É uma boa maneira de organizar a leitura e, depois, voltar ao guia de maneira fácil, apenas consultando informações que são acessíveis rapidamente.


O Guia Geek do Cinema, assim, é uma excelente porta de entrada para quem quer estudar mais cinema e, em específico, ficção científica. Ainda que os capítulos sigam sempre uma mesma estrutura, o que pode deixar a leitura um pouco decepcionante para alguns, a boa quantidade de contextualização faz com que a obra vá além. É daqueles livros indispensáveis da estante.

 
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