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Pedro Balciunas

Ranking: os 5 piores filmes de James Bond


Em mais de 55 anos de trajetória e quase 25 filmes, seria quase impossível que as tramas de James Bond não tivessem seus deslizes, uns menos graves, outros ridiculamente hediondos. Depois de enumerar meus 10 filmes favoritos do agente secreto, escolhi os filmes que mais me desgostaram, seja pela forma ou pela história.

Com 007 só se vive duas vezes (Lewis Gilbert, 1967)

James Bond morre, tem o corpo jogado ao mar e bye bye, 007. Na verdade, tudo faz parte de uma missão que precisaria da suposta morte de Bond para dar certo: a investigação do roubo de uma nave estadunidense, supostamente pelos soviéticos. Na verdade, tudo é obra da organização terrorista SPECTRE.

Por que é ruim: apesar de termos roteiro do famoso escritor Roald Dahl e a primeira aparição completa de Blofeld e da SPECTRE – maiores inimigos do espião –, o filme abusa das reviravoltas rocambolescas. O ponto alto é Bond disfarçado de japonês, com direito à menção de seus pelos no peito como fator atrativo para as nipônicas.

007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade (Peter Hunt, 1969)

Primeiro e único filme de George Lazenby como Bond – por conta de supostos desentendimentos com Connery, que retornou no filme seguinte. A história é basicamente a perseguição de Bond a Blofeld, que planeja destruir o mundo com um vírus caso não tenha seus crimes perdoados.

Por que é ruim: além da canhestra interpretação de George Lazenby, os desdobramentos e fundamentações da história são o que há de pior na franquia. Casamento arranjado com descobrimento de amor verdadeiro, exército de mulheres hipnotizadas e ataques com esqui. Tudo isso fechado com a viuvez precoce de Bond. Parece até novela do pior tipo.

007 contra Octopussy (John Glen, 1983)

Penúltimo filme de Roger Moore na série. A história transforma Bond num caçador de relíquias -- no caso, um ovo Fabergé. Elementos comuns da série retornam, como a suposta ameaça soviética e destruição por bombas atômicas.

Por que é ruim: tinha tudo pra ser apenas mais um filme de 007 nos anos 80 – mais americanizado nos cenários e sequências como estratégia para conquistar bilheteria –, mas as sequências de 007 vestido de palhaço e de gorila colocam Octopussy no pódio de pior filme.

007 – Um novo dia para morrer (Lee Tamahori, 2002)

Era aniversário de 40 anos da franquia no cinema e quiseram um filme mais que especial: Madonna na abertura, Halle Berry como a bondgirl da vez, evocando Ursula Andress em Dr. No, e Pierce Brosnan mais maduro no papel. O que se viu, porém, foi um desastre cinematográfico dos bons – pelo menos no ponto de vista crítico.

Por que é ruim: o filme tem uma trama excessivamente mirabolante quando comparado aos anteriores do próprio Brosnan. Sequestro de Bond, transplante de rosto, palácio de gelo e raio laser solar nos faz pensar nos filmes da década de 70 e 80, quando certos “exageros” no roteiro eram permitidos e até combinavam com o cinema da época. Despedida triste para Brosnan e que deixou a série num hiato de 4 anos.

007 – Quantum of Solace (Marc Forster, 2008)

Sequência direta de Cassino Royale, Bond vai atrás dos homens envolvidos na morte de Vésper, sua bondgirl do filme anterior. No caminho, encontra ditadores e defensores ambientais de fachada a serviço de uma organização desconhecida.

Por que é ruim: o filme tenta dar continuidade à trama iniciada em Cassino Royale, mas não tem jeito: apesar da história se propor a discutir manipulações contra governos e apropriação de recursos naturais por falsos engajados, o filme não se sustenta - e para compensar o diretor enche de cenas de perseguições de carros, explosões e carniceira pura. Chamam de James Bond, mas poderia ser qualquer coisa a la Velozes e Furiosos.

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