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Foto do escritorMatheus Mans

Ranking: os 13 piores filmes de 2020


Como já disse na nossa lista de melhores do ano, 2020 não foi fácil. Os cinemas ficaram fechados e sem lançamentos por meses, enquanto o streaming se tornou a única forma de encontrar refúgio para a sétima arte. Dessa forma, mesmo com parcos lançamentos, algumas coisas ainda se sobressaíram como produções ruins, fracas, previsíveis. Enfim, piores do ano.


Só vale ressaltar que consideramos a data de lançamento no Brasil - se o filme é de 2019, mas chegou ao Brasil só neste ano, ele entra na lista. Assisti muita coisa de festivais que entrariam tranquilamente na lista, como o terrível Stardust ou Dente por Dente. Mas ainda não estrearam no Brasil. Se você tiver alguma sugestão ou crítica sobre a lista, deixe nos comentários!


13. Invasão Zumbi 2: Península





Título: Invasão Zumbi 2: Península

Direção: Sang-ho Yeon

Elenco: Dong-won Gang, Lee Jung-hyun, Re Lee

Nota do filme: 2,8

1. Originalidade: 3,0

2. Qualidade Técnica: 1,0

3. História: 5,0

4. Atuações: 3,0

5. Caráter Mobilizador: 2,0


Justificativa: Beira o inacreditável que esta bomba seja a sequência do sensacional Invasão Zumbi — top 3 definitivo do ranking de melhores filmes do ano em que foi lançado. Aqui, o cineasta Sang-ho Yeon aposta numa trama meia-boca, sem qualquer identidade própria, e que não chega em lugar algum. Pelo menos a produção tem algumas sequências interessantes e empolgantes, justificando a nota um pouco maior em "história". De resto, filme pra esquecer.


12. Por Lugares Incríveis





Título: Por Lugares Incríveis

Direção: Brett Haley

Elenco: Elle Fanning, Justice Smith, Alexandra Shipp

Nota do filme: 2,8

1. Originalidade: 2,0

2. Qualidade Técnica: 3,5

3. História: 2,0

4. Atuações: 6,5

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: Por Lugares Incríveis já começa alguns passos atrás. Afinal, zero originalidade para mais história adolescente sobre um casal que se conhece em um momento psicológico complicado. Já virou clichê. No entanto, esta produção original da Netflix consegue ir além. Muito além. Afinal, Por Lugares Incríveis erra ao tratar o tema do suicídio de maneira absolutamente leviana, sem qualquer cuidado necessário, colocando adolescentes e jovens sob possibilidades complicadas. Um filme que deve e merece ser problematizado. Crítica AQUI e vídeo AQUI.


11. Abraço






Título: Abraço

Direção: DF Fiuza

Elenco: Flávio Bauraqui, Rose Ribeiro, Giuliana Maria

Nota do filme: 2,7

1. Originalidade: 3,5

2. Qualidade Técnica: 0,0

3. História: 5,0

4. Atuações: 0,0

5. Caráter Mobilizador: 5,0

Justificativa: Odeio colocar filmes nacionais na lista de piores do ano. Realmente penso duas vezes antes de colocar qualquer título aqui — não por "bairrismo", mas por conta do momento delicado em que vivemos. No entanto, não dava pra deixar escapar Abraço da lista, tampouco os outros dois nacionais que ainda irão surgir. Este longa de DF Fiuza é uma vergonha. A história, ainda que seja inspirada num acontecimento real potente, não encontra espaço para avançar. A artificialidade da trama dá desespero. Pelo menos há uma mensagem no fundo de tudo isso.


10. Encontro Fatal







Título: Encontro Fatal

Direção: Peter Sullivan

Elenco: Nia Long, Omar Epps, Stephen Bishop

Nota do filme: 2,7

1. Originalidade: 0,0

2. Qualidade Técnica: 3,5

3. História: 3,0

4. Atuações: 2,0

5. Caráter Mobilizador: 5,0

Justificativa: Por algum motivo que ninguém entende, a Netflix resolveu investir em filmes policiais genéricos e sem propósito algum ao longo de 2020. Um deles é Encontro Fatal, esta bomba sem qualquer identidade da Netflix. Ainda que a história tenha uma "mensagem" e o começo seja interessante, ela vai se desenrolando para um caminho óbvio e altamente previsível, com atuações que deixam qualquer um com vergonha. Crítica AQUI e vídeo AQUI.


9. Os Órfãos






Título: Os Órfãos

Direção: Floria Sigismondi

Elenco: Mackenzie Davis, Finn Wolfhard, Brooklynn Prince

Nota do filme: 2,7

1. Originalidade: 0,0

2. Qualidade Técnica: 5,0

3. História: 3,5

4. Atuações: 5,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: É incrível como este filme consegue partir de nada e chegar à lugar algum. Pra começar, Os Órfãos já tem uma outra versão, de 1961, muito mais bem feita e poderosa. Mas tudo bem. Vamos supor que não ligamos pra isso e aceitamos Os Órfãos assim, com essa parca originalidade. Ainda assim, porém, o filme é péssimo. A história é mal escrita, mal conduzida. E, além disso, pode-se dizer que a cineasta Floria Sigismondi é responsável por um dos finais mais estranhos, abruptos e sem sentido da história do cinema. É bizarro. Crítica completa, AQUI.


8. Ema





Título: Ema

Direção: Pablo Larraín

Elenco: Mariana Di Girolamo, Gael García Bernal, Santiago Cabrera

Nota do filme: 2,6

1. Originalidade: 4,0

2. Qualidade Técnica: 5,0

3. História: 1,0

4. Atuações: 3,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: Ema, filme que chegou ao público brasileiro via uma interessante estreia na plataforma Mubi, comprova como o cineasta chileno Pablo Larraín é instável. Afinal, ele dirigiu os excelentes O Clube e No, mas também é o responsável pelo sonífero Jackie e esta bomba aqui. Com um visual ousado, e que confere esses cinco pontos acima em qualidade técnica, Pablo conta a história de uma jovem de dança perdida na vida. É chato. Tão chato quanto Jackie. E pior: quem conseguir chegar ao final, nem ao menos será bem recompensado. Péssimo.


7. Verlust








Título: Verlust

Direção: Esmir Filho

Elenco: Andrea Beltrão, Marina Lima

Nota do filme: 2,4

1. Originalidade: 4,0

2. Qualidade Técnica: 5,0

3. História: 0,0

4. Atuações: 3,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: Quer passar vergonha alheia? Então assista a esta bomba de Esmir Filho, Verlust. Um dos filmes mais chatos, pedantes e sem propósito do ano, esta produção nacional erra ao trazer temas profundos de maneira rasa e nunca entregar ao público a reflexão necessária para se aprofundar nesse ambiente estranho criado pela diretor — aliás, vale dizer, a direção de arte talvez seja o único ponto alto desta produção. Difícil aguentar até o final sem soltar um bocejo.


6. O Limite da Traição








Título: O Limite da Traição

Direção: Tyler Perry

Elenco: Crystal Fox, Phylicia Rashad, Bresha Webb

Nota do filme: 2,0

1. Originalidade: 5,0

2. Qualidade Técnica: 1,0

3. História: 2,0

4. Atuações: 2,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: A partir de agora, é ladeira abaixo. A diferença entre os filmes é mínima, de tão ruins que são. E O Limite da Traição talvez seja o mais vergonhoso. Dirigido por Tyler Perry (da franquia Madea), o longa-metragem conta uma história novelesca sobre m casal que vive uma vida de mentiras, falsidades, traições e por aí vai. Dá vergonha. Mas o pior vem com a trama judicial e de julgamento, que tem algumas das sequências mais vergonhosas do cinema. Perry, como sempre, não sabe dirigir e entrega um filme desastroso. Crítica AQUI e vídeo AQUI.


5. O Grito






Título: O Grito

Direção: Nicolas Pesce

Elenco: Tara Westwood, Junko Bailey, David Lawrence Brown

Nota do filme: 1,6

1. Originalidade: 0,0

2. Qualidade Técnica: 1,0

3. História: 3,0

4. Atuações: 4,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: Na CCXP de 2019, o tom deste filme já estava definido. No palco, o criador e diretor dos filmes originais de O Grito disse em alto e bom som: não tenho absolutamente nada a ver com este novo filme. Tirou o corpo fora. E não era pra menos. O Grito, esta bomba de 2020, é daqueles filmes de terror que dão medo, mas não pelos motivos correto. Os sustos são fracos, a maioria das cenas apela para jump scares, o roteiro é risível e o desconforto dos atores pode ser sentido através da tela. A vontade é correr para desligar a TV e nunca mais se lembrar disso.


4. De Perto Ela Não é Normal






Título: De Perto Ela Não é Normal

Direção: Cininha de Paula

Elenco: Suzana Pires, Marcelo Serrado, Heloísa Perissé

Nota do filme: 1,2

1. Originalidade: 0,0

2. Qualidade Técnica: 0,0

3. História: 3,0

4. Atuações: 0,0

5. Caráter Mobilizador: 3,0


Justificativa: Este é aquele filme nacional que não tenho dó alguma de colocar nesta lista, ao contrário dos outros dois já citados. Talvez tenha sido a crítica mais dura do ano publicada aqui no Esquina, mas não tinha como. De Perto Ela Não é Normal é um absurdo, uma vergonha, uma tosquice. O elenco está péssimo, a produção toda é brega, a história não tem graça e Cininha de Paula atinge o degrau mais baixo da qualidade cinematográfica. Péssimo. Crítica completa AQUI.


3. Mentiras Perigosas







Título: Mentiras Perigosas

Direção: Michael M. Scott

Elenco: Nick Purcha, Joe Costa, Camila Mendes

Nota do filme: 1,0

1. Originalidade: 1,0

2. Qualidade Técnica: 0,0

3. História: 1,0

4. Atuações: 3,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0



Justificativa: Pense num suspense genérico, mequetrefe. Daqueles que não são memoráveis em absolutamente nada. Agora multiplique isso por dez. Eis Mentes Perigosas, essa produção da Netflix que não acerta em absolutamente nada. Camila Mendes está deslocada, a história é muito mal escrita e nada, absolutamente nada, trabalha em prol de uma história realmente desafiadora. Tudo ali busca facilitações, escapes e soluções que não fazem sentido para o que já tinha sido apresentado antes. Fraco, fraco, fraco. A crítica completa pode ser encontrada AQUI.


2. A Barraca do Beijo 2




Título: A Barraca do Beijo 2

Direção: Vince Marcello

Elenco: Joey King, Joel Courtney, Jacob Elordi

Nota do filme: 1,0

1. Originalidade: 0,0

2. Qualidade Técnica: 2,0

3. História: 1,0

4. Atuações: 2,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0



Justificativa: Que coisa mais tosca é essa franquia de A Barraca do Beijo. Este segundo filme repete a façanha do primeiro cm uma história boba, idiota e que só agrada aqueles fãs alucinados. Nesta sequência, o amigo da protagonista está ainda mais irritante, a personagem de Joey King teve um desenvolvimento tosco e o roteiro ainda traz glamourização de traição e coisas do tipo. Não dá pra levar a sério, tampouco deixar de fora desse ranking. Crítica AQUI.


1. O Segredo da Floresta







Título: O Segredo da Floresta

Direção: Vikram Jayakumar

Elenco: Vanessa Curry, Sahil Shroff, Subrat Dutta

Nota do filme: 0,4

1. Originalidade: 1,0

2. Qualidade Técnica: 0,0

3. História: 1,0

4. Atuações:0,0

5. Caráter Mobilizador: 0,0


Justificativa: Mas não tinha como ser diferente. O pior filme, disparado, foi esta bomba que chegou direto na plataforma Cinema Virtual. O Segredo da Floresta, longa-metragem do indiano Vikram Jayakumar, não dá vergonha, não causa tédio, nem nada dessas outras reações que citei acima. Ele, na verdade, causa desespero. É muito, muito difícil chegar ao final do filme satisfeito com qualquer aspecto da produção, que conta com atores medíocres, uma história genérica e nenhum susto efetivo. Difícil entender os motivos da A2 ter comprado essa bomba. Crítica AQUI.


****

** Em caso de empate, o Esquina compara as notas conforme ordenadas na lista acima, indo de originalidade para qualidade técnica, depois história, para atuações e, por fim, caráter mobilizador.

*** As notas diferem entre listas de rankings por conta da diferença dentro de seus universos. A nota de qualidade técnica pode fica maior na lista nacional por conta da comparação direta com outros concorrentes, enquanto diminui no ranking mundial.

 
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