Ruby Richardson (Merritt Wever) está em seu carro, prestes a fazer compras. O marido liga e pede para ela voltar correndo pra casa. Assim, ela pode receber um pacote, uma caixa de som que ele comprou pela internet. As compras? A ioga? Ela precisa deixar tudo de lado. Do nada, porém, uma breve mensagem no celular: "corra". Ela responde: "corra". E assim começa Run.
A nova série da HBO não se explica muito no começo. De quem é essa mensagem? O que ela quer dizer? Aos poucos, porém, as coisas vão se encaixando. O SMS é de Billy Johnson (Domhnall Gleeson), um ex-namorado de Ruby que mantinha um combinado com ela: se ele mandasse a mensagem "corra" e ela respondesse "corra", eles fugiriam juntos pelos EUA.
A partir daí, Run começa a testar os limites de um relacionamento. Será que ele sobrevive ao tempo? Será que tem data de validade? Ou será que o amor perdura através das décadas?
Indo além, Run propõe uma discussão sobre a coragem de sair da inércia e da rotina para lançar-se ao novo -- neste caso, motivado por um amor romântico. Seja na ficção ou no mundo real, não é possível garantir que uma nova história vai dar certo, que não haverá percalços ou decepções, e que tudo terminará com um final feliz. A provocação, porém, poderá fazer muitas pessoas aproveitarem esse período de introspecção para reavaliar antigas crenças e posturas.
Por enquanto, a HBO liberou apenas um episódio -- novos serão lançados todo domingo, às 00h. Mas o potencial é enorme. Run conta com dois atores fortes como protagonistas. Gleeson já fez papéis marcantes em filmes como Questão de Tempo e até Star Wars. Já Merritt acaba de vir da excelente série Inacreditável e mostra uma versatilidade impressionante. Uma dupla certeira.
Agora, é aguardar como a produção vai se comportar e se o clima irá se manter -- muito parecido, aliás, com a trilogia Antes do Amanhecer. Serão oito episódios e, além da dupla de protagonistas, conta com Phoebe Waller-Bridge (da série de sucesso Fleabag) no elenco.
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