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  • Foto do escritorMatheus Mans

Os 7 melhores filmes de 2024 até agora


Chegamos na metade do ano. Seis meses se passaram, outros seis meses estão à frente. É o momento, então, de avaliar: quais são os melhores filmes de 2024 até agora? Felizmente, o ano está com uma safra bem melhor do que 2023. Já tivemos bons lançamentos nas mais variadas searas, indo desde os grandes blockbusters americanos até produções bem independentes.


A seguir, confira os 7 melhores filmes de 2024 de acordo com o 'Esquina':


7. Priscilla


Filme que estreou bem no comecinho do ano, Priscilla é um acontecimento. Dirigido por Sofia Coppola, o longa-metragem acerta ao mostrar os bastidores da vida de Priscilla e Elvis Presley, indo além daqueles comentários de vitrine de loja. A cineasta, afinal, consegue colocar um comentário social na história, mostrando como o abuso psicológico pode chegar até nas pequenas coisas do dia a dia -- como comentários sobre roupas, penteados e afins. Fora que a atriz principal, Cailee Spaeny, está impecável em sua recriação da personagem. Crítica AQUI.


6. O Sabor da Vida


Produção francesa, O Sabor da Vida me deixou completamente imerso na história. Chapado, como diz o grande Luiz Carlos Merten. É um filme sobre gastronomia (ou seria sobre amor?) e que consegue colocar na tela todos os sentimentos e sensações envolvidos no ato de cozinhar: os cheiros, as texturas e até mesmo o paladar. Tudo por meio da imagem, bem dirigida pelo francês-vietnamita Tran Anh Hung. Um filme para ativar os sentidos e brincar com as emoções.


5. Jardim dos Desejos


Um filme sobre o jardineiro de uma grande mansão. Essa é a história de Jardim dos Desejos, novo filme de Paul Schrader (do genial First Reformed) que mostra a vida desse homem ruindo após a chegada de Maya (Quintessa Swindell), a sobrinha-neta da proprietária e que está envolvida em problemas — no relacionamento e com drogas. Schrader é um cineasta que gosta de cutucar a ferida. De incomodar. Não apenas cria personagens no limite, seja como roteirista ou diretor, como também questiona o limite do mundo que embala suas histórias. No final, quem está entrando em um ciclo de insanidade? O personagem em questão ou o mundo? O que é, enfim, a sanidade? Como ser são? Um filme provocativo e que consegue inverter toda a lógica da coisa no minuto final, na última linha de roteiro, impactando o espectador. Crítica AQUI.



4. Rivais


Confesso que não imaginava que o novo filme de Luca Guadagnino estaria na lista de melhores do ano -- tampouco tão bem posicionado assim. Estrelado por Zendaya, Rivais acerta ao falar sobre sexo e poder dentro do mundo do tênis. Trabalho de estreia do roteirista Justin Kuritzkes, casado com a diretora Celine Song (Vidas Passadas), o filme começa com uma partida de tênis entre Patrick Zweig (Josh O’Connor) e Art Donaldson (Mike Faist). Em um primeiro momento, pode até parecer que os dois nem se conhecem, mas as reações de Tashi (Zendaya), esposa e treinadora de Patrick, entregam que aquela não é uma simples partida de tênis – tudo ali fala sobre o relacionamento do trio. Afinal, mais do que falar sobre jogadores de tênis com egos feridos, Rivais é um filme sobre relações de poder. “Tudo nesse mundo é sobre sexo exceto sexo. Sexo é sobre poder”, teria dito Oscar Wilde, ainda que sem comprovação de que essa frase é do britânico. Sexo, poder e desejo se misturam com ganância, frustração e estrelato, com esses personagens servindo como marionetes – ora do tempo, ora de Tashi. Crítica AQUI.


3. A Corte Marcial do Navio da Revolta


A Corte Marcial do Navio da Revolta (ou, apenas, The Caine Mutiny Court-Martial) é o filme de despedida do cineasta William Friedkin, conhecido principalmente por seu trabalho em O Exorcista. Aqui, porém, nada do cinema de terror: este longa-metragem acompanha o julgamento de um subalterno de um navio que é acusado de armar um motim contra o capitão (Kiefer Sutherland). Com um roteiro esperto, o espectador sabe apenas dos fatos apresentados no julgamento, sem nunca saber ao certo o que aconteceu na embarcação. Ficamos divididos, assim, entre o capitão e o advogado dos acusados, brilhantemente interpretado por Jason Clarke, em um embate de narrativas que deixa o espectador sem fôlego como se fosse um filme de ação. E ainda tem o final do longa-metragem, com uma reviravolta interessante e que joga luz no que é exatamente moral em uma situação como essa. Disponível no Paramount+.


2. Duna 2


Duna: Parte 2 é um filme com amantes e detratores -- muita gente, nos últimos tempos, está reclamando do estilo do diretor Dennis Villeneuve, como se fosse asséptico demais. Discordo. Este é um épico como há tempos não víamos, conseguindo capturar boa parte da magia dos livros de Frank Herbert. A trama também está mais interessante do que no filme anterior, com Paul Atreides (Timothée Chalamet) e sua mãe, Lady Jessica (Rebecca Ferguson), se se escondendo no perigoso deserto do planeta Arrakis com os nativos Fremen, cujos costumes eles devem aprender enquanto tentam encontrar uma maneira de resistir aos Harkonnen. No processo, Paul lutará contra o destino criado para ele como o Lisan al Gaib, destinado a libertar os Fremen a um grande custo. Um filme intenso, que deixa o espectador grudado na cadeira, e que coloca o jogo político em destaque nesse universo tão bem reconstruído por Villeneuve para a telona, após duas tentativas fracassadas de outros cineasta. Merece estar na lista por isso.


1. Segredos de um Escândalo


Segredos de Um Escândalo é um filme que ficou com uma marca: a injustiça cometida no Oscar 2024, quando sequer foi indicado para Melhor Filme. Um absurdo. Injustiça, afinal, já que este trabalho do cineasta Todd Haynes é milimétrico ao cutucar o que há de mais podre, ridículo, inesperado na sociedade. Na trama, uma atriz (Natalie Portman) vai conhecer a mulher (Julianne Moore) que irá interpretar em seu próximo filme. O motivo de fazer um filme sobre ela? Há alguns anos, ela se relacionou com um rapaz muito mais novo, menor de idade, e que agora é seu marido (Charles Melton). A partir daí, acompanhamos uma trama com três camadas: as observações de Haynes sobre como o cinema se aproveita de tragédias; como a sociedade enxerga um relacionamento como esse, nascido a partir de um crime; e como a própria sociedade também se abate sobre essas pessoas, forçando relações que não existem. É um filme maduro, intenso e com grandes atuações (Portman, Moore e principalmente Melton brilham aqui) e que apenas reafirma Haynes como um dos cineastas mais provocativos em atividade, cutucando a sociedade americana. É um filmaço. Crítica completa AQUI.

 

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