Apesar do ano ter começado muito bem no gênero de terror, aos poucos as tramas foram se perdendo e mostrando pouca força -- comparado com 2017, por exemplo, as produções foram muito menos criativas, originais e bem produzidas. No entanto, ainda assim, longas das categorias de terror e suspense conseguiram chamar a atenção em alguns pontos e, por isso, merecem um ranking de melhores do ano só para eles.
Abaixo, o Esquina elencou as melhores e mais interessantes produções do gênero e acordo com notas dadas pela equipe do site. Não esqueça de deixar sua opinião nos comentários da postagem. E, se não viu algum desses filmes, vá correndo atrás!
5.
Título: Medo Profundo
Direção: Johannes Roberts
Elenco: Mandy Moore, Claire Holt
Nota do filme: 8,2
1. Originalidade: 8,0
2. Qualidade Técnica: 9,0
3. História: 8,5
4. Atuações/entrevistas: 8,5
5. Caráter Mobilizador: 7,0
Justificativa: Neste ano, a temática de tubarão voltou a ser usada com uma frequência maior do que as produções da franquia de Sharknado. Teve Megatubarão, bomba cinematográfica que não acertou o tom da produção, e também Medo Profundo, filme claustrofóbico e esperto que surpreendeu. Contando a história de duas garotas que ficam presas numa gaiola de observação de tubarões, o longa-metragem acerta ao criar tensão genuína, ao fazer bom uso do espaço do fundo do mar e, principalmente, por trazer um final pouco usual para filmes com essa temática. Surpresa do gênero.
4.
Título: As Boas Maneiras
Direção: Juliana Rojas e Marco Dutra
Elenco: Marjorie Estiano, Isabél Zuaa, Gilda Nomacce
Nota do filme: 8,7
1. Originalidade: 9,0
2. Qualidade Técnica: 7,5
3. História: 9,0
4. Atuações/entrevistas: 9,5
5. Caráter Mobilizador: 8,5
Justificativa: Não adianta. As Boas Maneiras, da talentosa dupla Marco Dutra e Juliana Rojas (Trabalhar Cansa), é um dos melhores filmes do ano e, por isso, não poderia falar na lista do gênero de terror. Ainda que não tenha despertado amores por todo o público, o filme tem uma trama ousada, pouco usada no cinema brasileiro, e uma história impressionante que funde fantasia com a dura realidade social brasileira. Difícil ver algo tão interessante no cinema como As Boas Maneiras, que fica com louvor com a terceira colocação. Crítica AQUI; matéria com elenco AQUI.
3.
Título: Um Lugar Silencioso
Direção: John Krasinski
Elenco: John Krasinski, Emily Blunt, Millicent Simmonds
Nota do filme: 9,0
1. Originalidade: 9,0
2. Qualidade Técnica: 9,0
3. História: 9,0
4. Atuações/entrevistas: 9,5
5. Caráter Mobilizador: 8,5
Justificativa: O casal John Krasinski é queridinho de Hollywood. Ele por conta da série The Office e ela por Sicario, O Diabo Veste Prada e outros. Quando os dois se uniram em Um Lugar Silencioso, as expectativas ao redor da produção já começaram a pipocar em toda comunidade cinéfila. E a ansiedade foi justificada: Um Lugar Silencioso é um filmaço pós-apocalíptico que sabe mexer com as sensações e sentidos da audiência como poucos -- e como a franquia Cloverfield sempre tentou fazer, mas nem sempre conseguiu. Destaque também para o elenco além de Blunt e Krasinski: Millicent Simmonds se mostrou como boa revelação. Crítica AQUI.
2.
Título: Halloween
Direção: David Gordon Green
Elenco: Jamie Lee Curtis, Judy Greer, Nick Castle
Nota do filme: 9,3
1. Originalidade: 8,0
2. Qualidade Técnica: 9,5
3. História: 10,0
4. Atuações/entrevistas: 9,5
5. Caráter Mobilizador: 9,5
Justificativa: Quarenta anos depois, a continuação do clássico filme de John Carpenter chegou aos cinemas rodeada de expectativas e receios. Afinal, havia muito interesse em ver a lutra final entre Laurie (Lee Curtis) e Michael Myers (Castle) -- mas, também, certo medo de que David Gordon Green (O Que Te Faz Mais Forte) estragasse a trama. Mas nada disso: o novo Halloween é um tiro certeiro na essência da franquia. Há violência, há tensão, há boas atuações. O clima criado pelo cineasta é soberbo e o uso da música é bem mais esperto e dosado do que na versão original. Filmaço que, apesar de alguns errinhos de narrativa e de direção, se mostra como um dos filmes mais interessantes do ano. E, quem sabe, abre ainda mais espaço para outras continuações. Crítica AQUI.
1.
Título: Hereditário
Direção: Ari Aster
Elenco: Toni Collette, Milly Shapiro, Alex Wolff, Gabriel Byrne
Nota do filme: 9,5
1. Originalidade: 9,5
2. Qualidade Técnica: 9,5
3. História: 10,0
4. Atuações/entrevistas: 9,5
5. Caráter Mobilizador: 9,0
Justificativa: Parece que todo ano consegue ter um grande filme de terror para chamar de seu. O de 2018 tem seu dono: é o original Hereditário, do cineasta estreante Ari Aster. Com um ar de A Bruxa, o longa-metragem apresenta uma família que passa a ser assombrada após a morte da avó, uma mulher misteriosa e que não tinha grande contato com a família. Além do clima aterrorizante e tenso do filme, Hereditário consegue emplacar um bom drama familiar encabeçado pela atuação acima da média de Toni Collette. Crítica AQUI.
Observações
* Para desempate, seguiu-se a ordem de notas: originalidade, qualidade técnica, história, atuações e caráter mobilizador.
** Algumas notas mudaram de outros ranking, com filmes similares, por conta de contexto.
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