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Amilton Pinheiro *

In-Edit realiza 11ª edição com 57 documentários musicais


Definitivamente não é um ano fácil para realização de festivais de cinema, como se comprovou nos depoimentos dos organizadores do É Tudo Verdade, o mais importante festival de documentário da América Latina, e o Ecofalante, com temática socioambiental, que acaba hoje, 12, em São Paulo.

Diante do desmonte de patrocínio de empresas estatais, como Petrobras e BNDES, imposto pelo governo de Jair Bolsonaro, alguns festivais correm o risco de não acontecer, como o Anima Mundi, de animação, e o Fest Rio, um dos maiores do Brasil. Mesmo assim, os festivais É Tudo Verdade e Ecofalante não se deixaram abater. Não somente aconteceram, como realizaram duas grandes edições, aumentando o número de filmes exibidos e, no caso do Ecofalante, ampliando os pontos de exibições.

Não é diferente com o Festival Internacional do Documentário Musical, o In-Edit, que começa hoje, 12. Em sua décima primeira edição, a mostra fará sua abertura com My Generation, de David Batty, no Cine Sesc, e se estenderá até dia 23 em salas de cinema de São Paulo (Cine Sesc, Spcine Olido, Spcine Lima Barreto no Centro Cultural São Paulo, Cine Matilha, Cinemateca Brasileira e na plataforma online da Spcine).

“Realmente, foi um ano muito difícil. Estou realizando o In-Edit com poucos recursos financeiros e bons parceiros. Mas nunca foi fácil para gente, um festival temático. Mas quem lida com cultura e com cinema tem que ser perseverante. Tivemos um número recorde de inscrições. Por isso, deu trabalho pra chegar nos 57 filmes que serão exibidos até 23 de junho”, disse ao Esquina o diretor artístico do In-Edit, Marcelo Aliche.

Serão 57 filmes, entre longas e curtas, nacionais e internacionais. Os documentários variam entre biografias de artistas como Alceu Valença, grupo Rumo, Arrigo Barnabé, Miles Davis, New Order, Dorival Caymmi, Clementina de Jesus, Arnaldo Antunes, além de gravadoras, como a Deck; de gêneros, como o Jazz e o funk; história de festivais, como o realizado em Iacanga, em 1975, em São Paulo (foto de abertura); dentre outros temas.

Além de filmes, o In-Edit reservará espaço para bate-papo com artistas como Arnaldo Antunes e Zuza Homem de Mello; shows de artistas como Arrigo Barnabé, Vânia Bastos, Nação Zumbi, grupo Rumo e Banda de Pífanos de Caruaru; uma feira de Vinil, festas e palestras. “São atrações de artistas que têm filmes exibidos no festival”, diz Aliche.

A mostra principal do In-Edit, a competitiva nacional, irá trazer oito filmes: Alceu Valença – Na Embolada do Tempo, de Paola Vieira; Amigo Arrigo, de Alain Fresnot e Junior Carone (foto acima); Antes Que Me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star, de Fernando Moraes; Dorival Caymmi, de Daniela Broitman; Meu Amigo Fela, de Joel Zito Araújo; O Barato de Iacanga, de Thiago Mattar; Rumo, de Flávio Frederico e Mariana Pamplona; e Tudo Pela Música – Os 20 Anos da Deck, de Daniel Ferro.

Outros destaques, serão o Panorama Internacional, com 21 filmes. Entre eles, Blue Note: It Must Schwing, de Eric Friedler, produzido por Win Wenders; Miles Davis: Birth of Cool, de Stanley Nelson; Teddy Pendergrass – If You Don`t Know Me, de Olivia Lichtenstein; The King, de Eugene Jarecki; e New Order: Decades e Suede, The Insatiable Ones, de Mike Christie.

A Mostra Brasil, Brasil.Doc, Curta Um Som vêm com 10 produções. A Mostra Especial terá exibição de Clementina, de Ana Rieper; e Com a Palavra, Arnaldo Antunes, de Marcelo Machado, exibido no Canal Curta!. Antunes e Machado irão bater um papo com o público após a exibição do documentário.

SERVIÇO

O que? 11º Festival Internacional do Documentário Musical.

Quando? Entre 12 a 23 de junho de 2019.

Onde? Cine Sesc, Matilha Cultural, Centro Cultural São Paulo, Cinemateca Brasileira e nas plataformas digitais do Spcine.

Quanto? Todas as sessões serão gratuitas .

 
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