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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Um Jóquei Cearense na Coreia' é filme burocrático sobre história marcante


Antonio Davielson é um rapaz cearense que vai exercer sua profissão de jóquei na Coreia do Sul. Um Jóquei Cearense na Coreia. É essa a premissa básica do longa-metragem de Guto Parente e Mi-Kying Oh, dupla de diretores que comanda este documentário selecionado para exibição no É Tudo Verdade 2022, mostrando detalhes da vida desse rapaz em uma cultura tão diferente.


O ponto central de Um Jóquei Cearense na Coreia, e que é o principal acerto de Oh e Parente, é exibir esse estranhamento, esse embate de culturas. Davielson tem certos pensamentos, atitudes e desejos que não se encaixam naquela cultura oriental, deixando ele, a esposa e a filha imerso em um cotidiano que não necessariamente se encaixa com o que eles querem.

Se Um Jóquei Cearense na Coreia se concentrasse apenas nesse sentimento e nesse conflito, mostrando a diversidade cultural que há no mundo e essa sina de brasileiros buscarem oportunidades no exterior, acredito que o documentário seria mais rico. No entanto, aos poucos, Parente e Oh vão ampliando a narrativa sem se preocupar muito com o que realmente importa.


Começam a surgir pequenos momentos que não contam com conclusões que, em essência, seriam necessárias. Isso é ainda mais reforçado quando a câmera de Parente e Oh sai da Coreia do Sul e vai acompanhar Davielson no Ceará, no retorno às suas origens. Ainda que essa volta mostre o jóquei em outro ambiente, mais confortável, muitos assuntos ficam pela metade.


Ao final, Um Jóquei Cearense na Coreia traz um tema interessante, que desperta uma curiosidade inicial, mas que vai perdendo força conforme algumas questões vão ficando de lado e, principalmente, a história se expande e perde um pouco do foco. Mas, ainda assim, funciona quando mostra brasileiros explorando ao mundo e encontrando barreiras sociais e culturais.

 

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