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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Um Crime para Dois' é filme simpático, mas decepcionante da Netflix


Após ser vendido pela Paramount para a Netflix, a comédia Um Crime para Dois finalmente chegou ao catálogo do serviço de streaming nesta sexta-feira, 22. E como previsto, é um filme deveras divertido. Kumail Nanjiani e Issa Rae têm química na tela e divertem nas mais diversas situações. No entanto, uma pena: o filme acaba se revelando mais previsível do que parecia.


A trama é bem simples. Dirigida por Michael Showalter (de Doentes de Amor, também com Nanjiani), a produção conta a história de um casal (Kumail e Issa) que está em vias de se separar. No entanto, indo para um encontro com amigos, eles acabam se envolvendo na morte de um ciclista e, consequentemente, numa cadeia bizarra de acontecimentos no submundo.


É difícil não gostar ou sentir algum carinho por aqueles dois na tela, que entram num turbilhão de acontecimentos justamente quando suas vidas estão um turbilhão. Nanjiani, como já provou no já citado Doentes de Amor e no recente Stuber tem uma pegada boa com a comédia de tipos. Issa (O Ódio que Você Semeia) acerta com uma comédia mais explosiva de caras e bocas.

Por isso tudo, num primeiro momento, o filme funciona: você gosta do casal, se diverte com a maioria das situações e, principalmente, torce para aqueles se resolvam e resolvam a situação.


No entanto, conforme o filme avança, Showalter se revela um diretor limitado -- não é à toa que Doentes de Amor ganhou força por conta do roteiro de Nanjiani e não pela direção. Ele não consegue modular corretamente algumas situações e a comédia chega a passar do ponto. E o pior: o final, já na metade do longa-metragem, é mais do que previsível. Não há surpresas.


E Um Crime para Dois acaba sendo apenas banal e esquecível. Não traz grandes momentos, ao contrário do que parecia num primeiro momento. Não há gargalhadas, grandes surpresas. Os melhores momentos ficam com uma encarada de dois policiais num estacionamento, o jantar de amigos e o "momento das máscaras". E, ainda assim, não é algo realmente destacável de fato.


Uma pena. Afinal, depois do bom resultado em Doentes de Amor, esperava-se um outro bom filme a partir da parceria Showalter e Nanjiani. Não é ruim, vale ressaltar. Mas poderia ser muito melhor e mais memorável. Talvez a Paramount tenha vendido o filme para a Netflix depois de perceber isso. Nos cinemas, ainda mais na retomada da pandemia, ia naufragar nas bilheterias.

 
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