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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'The Last Days of American Crime' é mais uma bobagem da Netflix


Que filme horroroso! Só assim para começar a crítica de The Last Days of American Crime, filme de ação que chegou à Netflix nesta sexta-feira, 5. Dirigido por Olivier Megaton (de Busca Implacável 3), o longa-metragem tem uma premissa bacana e uma execução que beira o terrível. Difícil lembrar de algum filme recente que tenha sido desenvolvido de maneira tão torta.


Mas vamos por partes. O filme conta a história um grupo de assaltantes que inicia um plano para cometer um último grande assalto antes do governo ativar um sinal mental que acabará com todas as atividades criminosas. Ou seja: uma mistura de Noite de Crime com alguma outra produção de ficção científica sobre controles de mentes e outras coisas genéricas do tipo.


A partir disso, Megaton faz um Frankestein. Sem saber dosar as misturas de ficção científica com ação, o longa-metragem comete atrocidades. As tramas não são bem direcionadas, as coisas se desenvolvem aos atropelos. Isso sem falar das facilitações toscas no roteiro de Karl Gajdusek (do bom Oblivion), que tentam dar conta de uma bola de neve de totais absurdos.

E o elenco, coitados, não tinha saídas. Acabaram entrando nesse mar de inocuidades. No entanto, vale a pensa ressaltar: Edgar Ramírez é um dos grandes canastrões do cinema desta época. Como já mostrou também em Wasp Network ou Ouro, o galã latino sabe fazer apenas um tipo, uma cara, uma voz. Mesmo problema de Jesse Einsenberg, por exemplo. Atuações fixas.


Por fim, fica a pergunta: cadê a edição desse filme? O filme tem a duração surreal de 2h30. Isso mesmo que você leu, caro leitor: duas horas e meia de pura bobagem. Mickael Dumontier não soube dar o ritmo necessário para o longa-metragem, que vai engatar de verdade com cerca de 1h45 -- ainda assim, por conta do tanto de besteira que já foi feita, nem adianta muita coisa.


The Last Days of American Crime é uma das maiores besteiras que já passaram pelo catálogo da Netflix. Mal dirigido, mal atuado, mal editado, mal escrito. Não há um único elogio cabível para o filme. Se você quiser ter alguma pequena emoção e esperar 2h30 para isso, com um final esdrúxulo, vale dizer, tudo bem. Pode ser uma boa diversão. Mas é preciso de resiliência.

 
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