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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'The Kill Team' é filme que poderia e deveria ser mais intenso


A história é real: um esquadrão de soldados americanos no Afeganistão, durante a permanência militar dos EUA no país árabe, começou a matar inconsequentemente. O líder daquele esquadrão matava quase por diversão, apenas para descontar sua ira particular e ilógica sobre pessoas que não tinha nada a ver com o que acontecia ali. Não era terroristas, nem nada do tipo.


E é sobre essa trama que se debruça o drama The Kill Team, filme que chega inédito às plataformas de VoD. Depois de dirigir um documentário sobre a história, o diretor Dan Krauss ficcionaliza esse drama de guerra e mostra o lado (ainda mais) podre desse tipo de conflito. É um filme seco, direto ao ponto, e que busca mostrar como o meio pode corromper o homem.


Protagonizado por Nat Wolff (Cidades de Papel) e Alexander Skarsgård (A Lenda de Tarzan), o longa-metragem é seco. O roteiro, escrito pelo próprio Krauss, não traz preâmbulos ou coisas para distrair. A ideia é ir direto ao epicentro daquela situação, por mais que a temperatura vá esquentando aos poucos. É um filme, assim como seu próprio ambiente, árido, difícil de digerir.


E apesar disso funcionar até certo ponto, nota-se uma falta de intensidade completa. Mesmo com Wolff e Skarsgård entregues em seus papéis e essa aridez no trato da história, há ausência de ápices, de clímax. E, querendo ou não, esta é uma história que exige isso. Exige um ponto de curva, que prenda o espectador, e explicite todos os problemas, violências e abusos da história.


É decepcionante, assim, tentar mergulhar nessa história contada por Krauss e não conseguir. Parece que a aridez da história se acumula e cria uma "tampa" impedindo a imersão total.


Não é um filme ruim e é bom deixar isso claro. Vai numa direção contrária de Sniper Americano, por exemplo, sem glamourizar a guerra ou a vida de soldado. E isso é positivo. No entanto, funcionaria muito mais se Krauss tivesse explorado melhor a intensidade da história ao invés de tê-la diminuído. No final, The Kill Team é apenas mais um filme de guerra. E poderia ser mais.

 
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