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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Te Quiero, Imbécil' é comédia espanhola fraca da Netflix


Depois da estreia de A Missy Errada, besteirol com David Spade e que já está sendo considerado por muitos como o pior filme do ano, chega mais uma bobagem ao catálogo da Neflix. Nesta sexta-feira (15), no caso, a comédia romântica espanhola Te Quiero, Imbécil. Dirigida por Laura Mañá (Sexo por Compaixão), a produção é problemática, cheia de maneirismos e absurdos.


Na trama, aquela velha história do homem (Quim Gutiérrez) que perde a namorada e, já na casa dos 30 anos, precisa se reinventar. Afinal, quer encontrar um novo par perfeito e, para isso, mergulha no mundo de apps de namoro. No meio do caminho, ainda tem uma amiga do colégio (Natalia Tena), que ressurge para ajudá-lo a viver essa transformação para reencontrar o amor.


Desde o primeiro momento, muito também por conta do título, fica um pouco óbvio como as coisas vão se desenrolar aqui. Te Quiero, Imbécil tenta, enquanto isso, surpreender na forma e na narrativa, que adquirem tons moderninhos e aquela típica jornada do macho contemporâneo em usar roupas descoladas, ser um cara de bem com a vida e outros clichês clássicos do tipo.

Ainda que Mañá acerte ao tratar de alguns desses temas, como a dificuldade dos aplicativos de namoro, muita coisa acaba saindo pela tangente. Ao contrário do que seria esperado, há momentos machistas e até transfóbicos na condução da narrativa. E não adianta dizer que é por ser a visão masculina, coisa do tipo. A própria cena de transfobia é humor gratuito. Não diz nada.


Além disso, o personagem Marcos -- o tal protagonista -- é demasiadamente desinteressante. É raso, chato, pouco empático. Quando a amiga entra em cena, as coisas pioram. Nem mesmo a quebra de quarta parede, que parece se tornar obrigação em comédias românticas protagonizadas por homens, consegue criar o vínculo necessário entre o público e protagonista.


No final, é quase como se Fleabag tivesse sido escrita por um cara. Solteirão. Sem muita noção da vida. Pode ser que um público bem específico se entretenha, para passar o tempo. No entanto, é bom avisar: é daquelas histórias danosas, que acabam trazendo mensagens tortas.

 
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