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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Os Intrusos' é filme genérico e divertido do Telecine


Foi em 2016 que conhecemos a história de O Homem nas Trevas, filme de suspense de Fede Alvarez sobre um grupo de jovens que resolve assaltar um velho cego do bairro. No entanto, ao invés de ser um roubo fácil, rapidamente o assalto se transforma em um armadilha. Afinal, o idoso interpretado por Stephen Lang é quase um mutante: rápido, feroz, violento, inteligente.


Agora, parece que surfando no sucesso do filme de Alvarez, chega uma produção muito, muito similar: Os Intrusos. Exclusivo no Brasil do Telecine, o longa-metragem conta a história de jovens (Maisie Williams, Andrew Ellis, Ian Kenny e Jake Curran) que invadem a casa de um casal de idosos (Sylvester McCoy e Rita Tushingham). No entanto, rapidamente, as coisas dão errado.


É algo muito similar ao filme de Alvarez. O roubo, que inicialmente parece tão fácil quanto tirar doce da boca de criança, ganha aspectos sombrios. Enquanto O Homem nas Trevas conta com um idoso "de ferro", Os Intrusos apresenta esse casal de idosos bizarro, cheio de estranhezas, e que arma para cima dos jovens. Neste novo filme, ficamos mais no escuro sobre a trama em si.

Além disso, outra diferença está na direção. Enquanto Alvarez é criativo e vigoroso, o cineasta Julius Berg (O Bosque) não apresenta a mesma força. Ele aposta frequente em lugares-comuns, colocando Os Intrusos em um apático ambiente genérico. Além disso, algumas decisões criativas de Berg, como uma brincadeira com o tamanho da tela, simplesmente não tem efeitos.


Por fim, o elenco de Os Intrusos acaba sendo o principal (e talvez único) ponto positivo. Williams é o grande destaque, por conta de sua experiência em Game of Thrones, e ela traz força à história em alguns momentos -- o final de sua personagem é o ponto alto da narrativa, numa reviravolta inesperada. Sylvester McCoy (Doctor Who, Hobbit) vai bem como esse idoso maluco.


Os Intrusos, sem dúvidas, é um filme que não consegue trazer nenhuma novidade. Até mesmo as decisões estéticas do diretor Julius Berg recaem em um marasmo banal, quase sem vida, e que não empolga. Mas, ainda assim, Os Intrusos acaba encontrando espaço em uma diversão descompromissada, para passar o tempo, sem pensar muito no que está passando na tela.

 
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