Se o filme O Sol de Riccione fosse uma pessoa, ele seria um cara velho, com bronzeamento artificial, e que se acha muito mais jovem do que é. No entanto, no fundo, acaba sendo apenas um cara brega querendo agradar, pegar algumas garotas e só. São essas as sensações que passam o longa-metragem, produção italiana original que estreou direto na Netflix.
Mal dirigida e sem um foco definido, a produção de Younuts (um duo de diretores italianos, conhecidos principalmente por videoclipes) é daquelas que você sente vergonha do começo ao fim. Começa pelo roteiro, que tenta criar um mosaico de histórias sobre um grupo de pessoas que estão passando alguns dias no verão da cidade de Riccione, no lindo litoral italiano.
A partir disso, Younuts tenta mostrar os encontros, desencontros, alegrias e tristezas desse grupo diverso -- tem o cego, a mãe, o cara mais velho, o bonitão, a amiga simpática. Nem mesmo nessa diversidade de personagens O Sol de Riccione acerta, trazendo tipos óbvios que em momento algum consegue aprofundar essa gama diversa e exagerada de tipos.
Ainda falando sobre o roteiro, destaca-se o esforço sobre-humano que os roteiristas Ciro Zecca, Enrico Vanzina e Caterina Salvadori desempenham para soarem bregas. Por exemplo: em determinado momento, há crush do rapaz cego diz que não quer ir à praia com ele por já ser noite e estar escuro. Eis que ele responde: "para mim tanto faz, já que sempre estou no escuro".
São coisas assim, com frases de efeitos e dramas reais sendo resolvidos com soluções bobas, que fazem com que O Sol de Riccione seja tão constrangedora. Os dramas e dilemas dos jovens nunca são realmente aprofundados e discutidos como devem, dando a errada impressão de que a vida toda é um eterno feed de Instagram, com mulheres bonitas, caras sarados e pegação.
De alguma maneira, lembra o nacional O Melhor Verão de Nossas Vidas. Com a diferença que a produção brasileira tem algumas boas piadas e cenas de músicas bem produzidas.
Enfim. O Sol de Riccione é um filme para esquecer. É raso, brega, sem profundidade, com personagens banais e sem nenhum tipo de momento realmente aprofundado. De novo: nos faz questionar quais são as reais intenções da Netflix em promover e financiar filmes como esse, que não saem do lugar, enquanto realizadores independentes continuam à margem por aí.
Terminei de assistir, já quero o 2 , nada haver essa crítica toda! Fala sério! já diz tudo é o verão somente…
O filme é perfeito, essa crítica não vale nada.
O filme é maravilhoso pra se assistir é leve, e realmente não tem a intenção de algo aprimorado