A grande pergunta é: por qual motivo ainda dão dinheiro para Tyler Perry? O ator, produtor, roteirista e cineasta americano é responsável por várias coisas nos cinemas que não são nada mais do que risíveis. Ele é o faz-tudo da franquia de comédia Madea, sempre indicada ao prêmio Framboesa de Ouro, e responsável por filmes terríveis como Acrimônia e Relação em Risco.
Agora, porém, o cineasta chega ao catálogo da Netflix com um drama de tribunal cafona, brega e irreal. É O Limite da Traição, longa-metragem escrito e dirigido por Terry, que também atua ao lado das protagonistas Crystal Fox (Conduzindo Miss Daisy) e Bresha Webb (Operação Supletivo).
Na trama, o espectador acompanha a história de Jasmine (Webb), uma advogada da defensoria pública que é designada para um caso resolvido: o crime cometido por Grace (Fox), uma mulher de meia-idade que se declarou culpada no assassinato de seu marido (Mehcad Brooks). No entanto, apesar de novata, a advogada-protagonista fareja que há algo a mais nessa história.
Assim como em Acrimônia, um dos piores filmes de 2018, Perry não consegue esconder reviravoltas, subtramas ou coisas do tipo. Com apenas 30 minutos de filme, o espectador já pode sacar nuances de trama, detalhes da história e até futuros plot twists. Afinal, não há refinamento no texto ou na direção de Perry, que age como um caminhão desgovernado na hora de filmar.
A trama é apressada, tem elementos caricaturais e muitos detalhes não encaixam. A história contada no tribunal é uma das piores que já vi nos cinemas -- a advogada age com impulso, sem nenhuma lógica, e passa por transformações sem pé nem cabeça. A forma como a defensoria trata o caso é criminosa e nunca há desfecho satisfatório. É bizarro como tudo é desconjuntado.
O pior, porém, é que o filme poderia se salvar em seus minutos finais, com uma reviravolta forte e que poderia fazer o espectador rever o filme com outros olhos. Mas não. Perry, do alto da absoluta falta de qualidade em seu trabalho, entregou a reviravolta numa cena inicial patética e não surpreende ninguém. E, de novo, alguns elementos são bregas, cafonas e causam riso.
Por exemplo: no final, uma das personagens saca a reviravolta. E a forma como isso acontece não faz sentido. Ela vê elementos que não existiam e que nem tinham sido sugeridos até então.
Para a cereja do bolo, as atuações risíveis. Com exceção de Fox, ninguém no elenco se salva. Mehcad Brooks (True Blood) não consegue entregar as sutilezas que seu personagem exige; Phylicia Rashad (Creed) está afetadíssima, apesar de um ou outro momento; e Webb... acho que nem vale a pena falar sobre. Uma das piores atuações do ano -- e estamos em janeiro.
Enfim, é um fiasco de filme. O Limite da Traição tenta apresentar um drama interessante, embalado num suspense típico, mas acaba só causando riso e vergonha alheia -- como já tinha sido em Acrimônia. E aqui, neste caso, nem dá pra falar que dá pena ou que poderia ter sido melhor. Só assistir a filmografia de Tyler Perry e ver como tudo ali não faz sentido. Nada.
Mais uma vez vendo as críticas de um filme pra saber se devo assistir ou não. Quando os críticos dizem que é ruim eu assisto, porque é sempre o contrário do que eles falam. Assisti o filme e achei ótimo. Esse acrimônia nunca vi, mas se disseram que é ruim deve ser bom também.
Concordo com a crítica sobre a trama ser "apressada", que faz com que por exemplo, logo no início do filme, a advogada que não conhecia Sara, ao encontrá-la, não se apresente e nem confirme se ela se tratava da pessoa que estava à procura e nem que Sara interrogue a advogada sobre de quem se trata e já vai convidando-a para entrar. Tbm trás cenas corridas no Tribunal, sem os pormenores que o caso exige, como a falta de declarações das testemunhas, as quais muitas surgiram do nada! Bem como, no final quando o policial, esposo da advogada, entra no desfecho de forma abrupta e sem maiores explicações e link com o restante da trama.
Porém, NÃO concordo que o…
Concordo com a crítica, porém acho válido assistir o filme e posso dizer que me surpreendi no final!
Eu amei o filme
Discordo completamente da crítica. O filme é ótimo. Conseguiu tirar-nos do cenário de julgamente e colocou-nos em um suspense completamente diferente do apresentado durante o filme inteiro e, no final, nos surpreendeu com o desfecho.