Apesar de ter ficado marcada por A Barraca do Beijo, a atriz Joey King tem se provado como uma artista que vai além da comédia romântica adolescente. Surpreendeu muito em The Act, série dramática poderosa, e agora chama a atenção também em The Lie, longa-metragem original que chega ao Amazon Prime Vídeo nesta terça-feira, 6. Mas desconjuntado e sem história, o filme não é salvo nem pela atuação de King.
Mas, como sempre, vamos por partes. The Lie conta a história de Kayla (Joey King), uma garota que está indo para uma competição de balé. No entanto, no meio do caminho, ela acaba encontrando uma amiga à beira da estrada. É a deixa para dar uma carona. Mas aí, outra situação inesperada. Após uma parada para fazer xixi, a protagonista vivida por Joey King acaba matando a colega. É o início de uma trama repleta de idas e vindas.
Afinal, a diretora Veena Sud (de The Killing, série que lembra demais The Lie) acaba focando a trama do longa-metragem na reação dos pais. Protetores, eles acabam fazendo de tudo para proteger a filha de uma possível prisão. Ainda que se sintam derrotados, não cansam de perseguir pistas para abafá-las e, principalmente, colocar a investigação em um outro rumo para que, assim, suas vidas não sejam abaladas.
E o grande problema de The Lie está na história de Sud, adaptada de um filme chamado Wir Monster. Afinal, ainda que uma reviravolta lá pro final seja boa e traga uma ressignificação para todo o longa-metragem, não se pode dizer que há uma trama de fato aqui. Ela é muito rasa, quase inexistente. Dessa forma, os cerca de 90 minutos de projeção se arrastam, consomem o ânimo do espectador. É um filme muito, muito monótono.
A sensação que dá, nessa mistura mal ajambrada de Precisamos Falar Sobre Kevin com The Killing, é que toda a história foi construída em prol da reviravolta. É um erro brutal. Afinal, como ficar realmente impactado pelo que é mostrado nos minutos finais se não há trama, envolvimento, desenvolvimento? Por mais que King se esforce, assim como Peter Sarsgaard como o pai da garota, as coisas não andam. Não empolgam.
No final das contas, a tal reviravolta até gera certo espanto. É relativamente ousada, desconcertante. Mas, rapidamente, a sensação e a emoção com esse twist passam e fica só a pergunta: como isso poderia ser real? Como poderia ter acontecido? Não temos personagens reais ou bem desenvolvidos para balancear a estranheza desse ato final. Fica a sensação ou de que todos são sociopatas ou que o filme é muito ruim.
Eu, particularmente, fico com a segunda opção. Não é à toa que The Lie ficou engavetado ao longo de dois anos pela Blumhouse, que não sabia o que fazer com o longa. A saída, finalmente, foi colocar o filme neste especial do Amazon Prime Vídeo. E agora, depois da exibição de The Lie e de Black Box, passa a ter a suspeita de que isso não passa de um descarte qualquer de filmes genéricos de suspense e horror. E só.
Concordo com a crítica em quase tudo, ao meu ver, a reviravolta no final do filme nada tem de positivo, pelo contrário, "joga na lata de lixo" o que poderia ser algo positivo no filme.
Se tal reviravolta não fosse tão inverossímil, talvez, o filme poderia despertar, no espectador, alguma emoção em relação ao comportamento dos pais da garota, fosse empatia, aversão, ou até mesmo, confusão ou dúvida.
São os minutos finais do filme que despertam a sensação de que foi uma completa perda de tempo assistir ao filme.
Que lixo perdi meu tempo Bosta de filme um dos piores que já vi !!!
Discordo da crítica.
O filme é bom vale muito a pena assistir.