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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Naquele Fim de Semana' é mais um thriller banal da Netflix


Que a Netflix gosta de encher seu catálogo de filmes irrelevantes, já sabemos. Mas é incrível a velocidade que o serviço de streaming faz isso. Em um ano repleto de lançamentos sem muita força, Naquele Fim de Semana é mais uma estreia que, daqui alguns meses, vai ficar ali no fundo do baú, sem muita serventia, apenas preparando terreno para futuros e novos assinantes.


Naquele Fim de Semana, afinal, não tem nada de especial, de impactante de relevante. O longa-metragem de Kim Farrant (do também mediano Terra Estranha), adaptado de um livro de Sarah Alderson, conta a história de Beth (Leighton Meester), uma jovem mulher que vai passar um fim de semana na Croácia, com uma amiga. Só que as coisas saem do controle e a tal amiga some.


A partir daí, começa uma típica jornada de suspenses do tipo: situações absolutamente inverossímeis, uma polícia que anda em círculos e reviravoltas que já sabemos de cór. O roteiro, aliás, é o principal calcanhar de Aquiles de Naquele Fim de Semana: são diálogos banais, que parecem saídos de uma fan fic mal escrita, situações absurdas e personagens unidimensionais.

A única pessoa que parece realmente se esforçar (em um universo de diretora, roteirista, elenco, etc) é Leighton Meester. A atriz, de Gossip Girl, consegue passar toda a tensão de sua personagem, com um medo crescente e que ultrapassa a barreira da tela. Talvez seja a única força pulsante do filme, que traz verdade, mesmo em um roteiro que explode em anacronismos.


Ah, e alguém tinha dúvida daquele final? É tosco, é brega e, principalmente, é absolutamente previsível. Desde o primeiro minuto que o personagem em questão aparece na tela, dá para saber como as coisas vão terminar -- ainda que um outro, que parecia ainda mais perturbado e estranho, tenha outro final. É a eterna preguiça de direção e roteiro, caminhando ao óbvio.


Naquele Fim de Semana, assim, é um filme banal. Um thriller como já vimos dezenas de vezes por aí, sem tirar nem pôr, e que não consegue revolucionar em cima de ideias banais que já foram usadas e reutilizadas inúmeras vezes. E, como falamos, é mais um filme que vai para o fundo do baú da Netflix, ficar ali esquecido, esperando o algoritmo ajudá-lo a ser memorável.

 

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