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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Klaus' é presente natalino adiantado da Netflix


Incrível como a Netflix acerta o tom em produções natalinas. Em 2018, o delicioso Crônicas de Natal embalou as ceias e as trocas de presentes no mês de dezembro com uma história tradicional, saída dos anos 1990. Já neste ano, o serviço de streaming começou com o pé direito ao lançar o simpático Deixe a Neve Cair, adaptado de um livro de contos, com John Green, e, agora, com a lindíssima animação Klaus.

Comandada por Sergio Pablos, diretor de primeira viagem e autor do livro que inspirou PéPequeno, a simpática animação Klaus conta a história do carteiro Jesper (Jason Schwartzman) que é mandado para uma cidade, quase no fim do mundo, a fim de tomar conta dos correios de lá. Qual a surpresa, então, quando ele descobre que não há trocas de cartas na região e que, por isso, ele pode ficar preso no local eternamente.

Como solução, o perspicaz Jesper acaba descobrindo que pode fazer um bom negócio -- e adiantar sua volta à "civilização" -- ao incentivar as crianças a escreverem para um carpinteiro local, o rabugento Klaus (J.K. Simmons). Se mandarem uma cartinha para ele, em troca, elas recebem um brinquedo na calada da noite. É o início, assim, da deliciosa tradição de Natal e da criação da figura mitológica e querida do Papai Noel.

Feito em 2D, apesar da coloração que lembra o filme Homem-Aranha no Aranhaverso, o filme Klaus é uma delícia. Nostálgico, assim como Crônicas de Natal, o longa-metragem aposta numa história bobinha, mas muito simpática, para evocar sentimentos na audiência. Difícil não se divertir com as trapalhadas de Jesper, se encantar com a magia escondida de Klaus ou, ainda, se interessar pela cidadezinha onde todos ali moram.

Há uma riqueza de detalhes construída por Sergio Pablos que salta da tela e faz a história, simples e sem muitos aparatos narrativas, ganhar força. Os personagens são reais, apesar da magia ao redor da história, e pode fazer com que vários públicos embarquem no que é proposto pelo roteiro de Jim Mahoney e Zach Lewis, estreantes em longas. Talvez apenas os mais pequenos, abaixo dos 6 anos de idade, não entendam.

A "magia natalina" está ali, presente. Os sentimentos passados pelo longa são verdadeiros, assim como a ambientação criada -- as crianças felizes, as cores, as luzes, a neve. Tudo orna para que o espectador se encante e não veja a hora de colocar a comida na mesa, reunir a família e trocar presentes. É algo que estava sumido e que o streaming, felizmente, de alguma forma, está trazendo em longas e médias-metragens.

Há, ainda, um ponto a mais no filme. Assim como em A Origem dos Guardiões, são feitas brincadeiras com a origem mitológica do Papai Noel que aguça a curiosidade e faz a audiência, de todas as idades, brincar com memórias, sentimentos e uma boa nostalgia.

Klaus, em resumo, é um filme delicioso. Falta um pouco mais de atenção aqui e ali, como mensagens que soam didáticas demais, apesar do tom pouco infantil do longa em alguns momentos. Nada disso, porém, estraga a experiência com o longa-metragem, que resgata o espírito natalino dos cinemas, perdidos há alguns anos, e faz com que o Natal chegue com mais força aos lares das pessoas. Um filme pra embarcar e viajar.

 

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