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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Jumanji: Próxima Fase' amplia a ação e a aventura


Apesar de ser um filme com várias cenas de ação e aventura, Jumanji: Bem-Vindo à Selva ficou marcado pelo humor. Dwayne "The Rock" Johnson (Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw), Jack Black (Escola do Rock), Kevin Hart (Um Espião e Meio) e Karen Gillan (Guardiões da Galáxia) se entrosaram e surpreenderam. A química entre eles salta aos olhos e rouba a cena do longa.


Agora, na sequência Jumanji: Próxima Fase, o diretor Jake Kasdan (A Vida é Dura) parece tomar a história com um pulso mais firme -- ou incrementá-la com mais dinheiro, após o sucesso do filme anterior -- e a transforma num verdadeiro blockbuster com cenas de ação de tirar o fôlego, uma aventura incessante e um humor que permeia aqui e ali, sem tomar protagonismo.


E olha que Jumanji: Próxima Fase poderia facilmente ter o mesmo tom adotado no primeiro filme. As histórias são muito parecidas -- como se fosse um simples pacote de extensão. Na trama, o quarteto de jovens amigos (Alex Wolff, Morgan Turner, Madison Iseman, Ser'Darius Blain) volta ao universo do jogo, com a inclusão de dois idosos (Danny DeVito e Danny Glover).

Os avatares continuam os mesmos, mas com o diferencial de que interpretam diferentes tipos. Jack Black deixa de ser a garota líder de torcida -- ponto alto do filme anterior -- para ser o rapaz bombado de academia; Dwayne Johnson e Kevin Hart entram na pele dos idosos; e Karen Gillan volta a ser a garota certinha. Só Awkwafina que estreia nesse mundo dos avatares.


Infelizmente, porém, os tipos não encaixam tão bem ou acabam cansando. The Rock repete piadas e "tipos" à exaustão, enquanto Jack Black e Kevin Hart acabam apagados em papéis que dão poucas nuances e poucas possibilidades físicas aos atores. Gillan, infelizmente, não tem a pegada do humor necessária. Por isso, o humor acaba acontecendo quase sem querer aqui e ali.


Num segundo momento, porém, quando o roteiro de Kasdan, Scott Rosenberg (Canguru Jack) e Jeff Pinkner (Venom) arrisca uma reviravolta, o humor volta com força junto com certa emoção.


O que funciona, e acaba saltando aos olhos, são as cenas de ação, muito bem orquestradas por Kasdan. Uma em específico, envolvendo pontes, é desesperadora e fica difícil desgrudar os olhos da telona -- lembra, inclusive, a grandiosidade da cenas dos macacos do remake de Mogli. Assim, Jumanji: Próxima Fase continua funcionando tranquilamente como entretenimento.


Por fim, para o bem ou para o mal, há uma ampliação do universo e que parece ter força para um terceiro filme. A imaginação já começa a rolar solta e parece que há muitas possibilidades a serem exploradas num possível fechamento da franquia. O fato é que Jumanji, ao contrário do que se esperava, se provou como uma rica e diversa franquia. Tem muitas possibilidades ainda.

 
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