Após uma tentativa de assassinato ao presidente dos Estados Unidos (Morgan Freeman), o agente do Serviço Secreto, Mike Banning (Gerard Butler), é injustamente acusado e levado sob custódia. Determinado a provar sua inocência, ele se torna um alvo do FBI à medida em que tenta encontrar o verdadeiro culpado. Pra isso, vai precisar de toda a ajuda possível pra proteger sua família e salvar o País de um ataque sem precedentes.
Esta é a trama de Invasão ao Serviço Secreto, longa-metragem que dá continuidade na estranha trilogia Invasão à Casa Branca e o fraco Invasão a Londres. Desta vez dirigido por Ric Roman Waugh (O Acordo, Sem Perdão), o filme não tem grandes mudanças com relação aos anteriores -- a não ser a vilanização óbvia de Banning e a inclusão de um divertido personagem para Nick Nolte (Noé). É aquilo: se funciona, pra que inovar?
No entanto, impossível não sentir o desgaste dessa franquia improvável. Butler, como sempre, parece estar no mesmo papel de sempre -- incluindo de histórias diferentes, como Fúria em Alto Mar, Covil de Ladrões e Tempestade: Planeta em Fúria. Ele não tem muitos atributos interpretativos e, nos últimos anos, deixou de se desafiar. Morgan Freeman está bem como presidente (afinal, ele é deus!), mas é um papel confortável.
A tentativa de mudança na trama com a vilanização injusta de Banning também não é grande coisa. Os roteiristas Robert Mark Kamen (Busca Implacável 3), Matt Cook (O Dia do Atentado) e o próprio Ric Roman Waugh, não se esforçam em momento algum para fazer com que o espectador seja enganado e, depois, surpreendido. Os envolvidos na tentativa de incriminar o protagonista estão bem claros desde o começo. Uma pena.
Além disso, as cenas de ação não são impressionantes como em Invasão à Casa Branca -- talvez, o único realmente decente da franquia. Waugh até sabe dar sensação de perigo e criar ambientações, mas não tem muita mão para comover e emocionar o público. Não há uma única tentativa, nas cenas de ação, de criar algo diferente, ousado. Esse filme, e qualquer outro de ação genérico, são a mesma coisa. Sem tirar nem pôr.
O único ingrediente diferencial, de fato, é Nolte. O ator veterano, quase na casa dos 80 anos, mostra ter uma disposição física e interpretativa que Butler, aos 49 anos, parece já ter deixado para trás. Além disso, os roteiristas conseguem criar momentos realmente engraçados com o personagem, que é excêntrico, estranho e ameaçador como deve ser. É, sem dúvidas, o personagem mais interessante desse amontoado de obviedades.
Invasão ao Serviço Secreto não é o pior da trilogia -- posto que fica, ainda, com Invasão a Londres. Mas também está longe de ser o melhor. Pior: está longe de ser um filme emocionante de ação, fora da caixinha. Se você estiver procurando isso, divertimento brucutu sem cérebro, seja bem vindo. É entretenimento puro, sem tirar nem pôr. Mas se estiver em busca de algo mais ousado e inteligente, escape. Não tem nada disso aqui.
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