Novidade da Netflix desta quarta-feira, 3, O Mediador é daquelas produções que podem parecer assistíveis em um primeiro momento. Com direção de Esteban Crespo (Lala), que também assina o roteiro ao lado de David Moreno, o longa-metragem acompanha um thriller de ação sonolento no coração da África. No fundo, porém, não deixa de ser uma bobagem colonialista.
Mas vamos por partes. O Mediador conta a história de Carlos (Raúl Arévalo), advogado de uma grande empresa petrolífera. Está tudo bem na sua vida, com as coisas caminhando: tem dinheiro, logo vai ter uma filha e está se programando para ser promovido e transferido para Nova York. No entanto, no meio do caminho, acaba recebendo uma missão para a África.
Lá, um engenheiro da empresa em que trabalha foi sequestrado por rebeldes contrários ao governo. Sem a liberação desse engenheiro, e sem a certeza de que não vai haver um banho de sangue no país, a empresa de Carlos não consegue continuar a extrair petróleo. E aí que entra o protagonista, que passa a ser responsável por negociar a libertação desse tal engenheiro.
Primeiramente, Crespo já erra de cara no ritmo do longa-metragem. É vagaroso, chato e um tanto repetitivo, colocando na tela um punhado de chavões já vistos em outras produções do gênero. O roteiro é caótico, com muitas idas e vindas, e a edição acaba deixando o público ainda mais perdido. Apenas a fotografia e o design de produção se salvam, ainda que com problemas.
O grande problema, porém, está na essência da história. A trama de O Mediador apaga completamente a figura dos personagens africanos. Carlos é o salvador europeu contemporâneo que, com ares de desbravador do século XV, vai até a África para salvar aqueles pobres coitados da violência, da injustiça e coisas do tipo. Como se eles não soubessem viver em sociedade.
Oras, todos aqueles problemas são justamente causados pelos europeus! A violência, as guerras civis, a precarização da política. Com isso, as funções do protagonista -- e toda a história do filme -- ficam ainda mais toscas, bregas, ultrapassadas. Nem mesmo a boa atuação de Arévalo (Formatura Fantasma) ajuda a salvar o filme de uma completa falta de personalidade e força.
Isso sem falar dos personagens africanos, todos coadjuvantes, que são apenas degraus para os protagonistas europeus brilharem na tela. Pode ser, claro, que algumas pessoas se entretenham com a narrativa e não liguem para esses problemas, embarcando na tensão e ação. No entanto, isso só mostra como essa mensagem colonialista é ainda pior, passando incólume por aí.
Os europeus nadam em dinheiro e conforto enquanto os africanos negros daquele povoado sobrevivem numa miséria profunda.
Não ficou claro o conteúdo dos papeis que ele conseguiu do Calixto! Entregou a mãe, ela não fez nada, simplesmente se calou! Foram tantas mortes em vão e não abordou o conteúdo daquela pasta!!!
Assisti o filme. Entre tantas porcarias ovacionadas por críticos e acho uma perda de tempo, este levanta uma questão que os colonialistas ou simpatizantes do colonialismo não falam em suas críticas. O quanto organismos internacionais estão envolvidos na exploração e dominação do povo da África.
Tbmmm assisti e achei meio parado,mas a história é bem realidade que muitos países vive.E que pobreza aquele povo, que dó viu.
Assisti a esse filme e posso dizer que foram 2 horas desperdiçadas. Tedioso, confuso... impressionante que está entre os top 10 da semana na Netflix. Tive que vim atrás de feedback pra verificar se mais alguém compartilhava dessa mesma opinião.