Até a metade de Excluídos, filme que estreou no catálogo da Netflix nesta quarta-feira, 22, estava tentando entender o que exatamente o diretor estreante Nathaniel Martello-White estava querendo fazer aqui. Essencialmente, o longa-metragem tem algo de Corra!, além de um tempero distante de Nós e Estranhos em Casa, outra produção da Netflix. Há, assim, uma boa influência do novo cinema negro de gênero, assim como também do terror mais psicológico.
Isso também fica evidente na trama. Excluídos conta a história de uma mulher (Ashley Madekwe) que parece insistir em esconder sua identidade. Ela é negra, mas faz de tudo para se parecer como branca -- seja pela forma como deixa o cabelo, como transita na sociedade inglesa ou, principalmente, como esconde seu passado. Só que nem tudo pode ser escondido. A vida da protagonista vira de cabeça para baixo quando o passado insiste em bater à porta.
A partir disso, Martello-White desenvolve uma trama que fala sobre essa busca de identidade e, também, a insistência do passado em aparecer. Ele tenta criar um clima, principalmente quando se desenha uma estranha tensão entre Madekwe (Revenge) e dois personagens forasteiros, mas não é algo que exatamente funciona. Acabamos assistindo ao que se passa na tela de maneira bastante passiva, ao contrário do que acontece quando nos deparamos com Corra! ou Nós.
Falta criatividade e, principalmente, um norte na direção do estreante para que ele saiba como unir essas duas pontas: de um lado o horror, do outro toda a questão racial. Ficando no meio do caminho, sem saber exatamente como e por onde seguir, Excluídos perde muito sua força. Parece uma galinha sem cabeça andando em círculos: sabe qual o caminho a ser seguido, mas nunca tem a ideia exata do que está fazendo, como está fazendo e, claro, para onde está indo.
O ponto positivo da produção acaba residindo no minuto final. A sacada de roteiro do próprio Martello-White, quebrando as expectativas, é uma sacada genial. Quebra o espectador e acaba com qualquer ideia pré-concebida. No entanto, assim como aconteceu comigo em Tár (filme que só se compara com este neste ponto), me questiono sobre o gênero da protagonista: será que, com tais atitudes, ela deveria realmente ser uma mulher? Não é algo que um homem faria?
Enfim: Excluídos é um filme bastante mediano, tanto em criatividade quanto em execução, que acaba se sobressaindo apenas por conta de sua sacada final -- e que deve deixar um gostinho de que o filme é muito melhor do que realmente é. Ainda assim, vale embarcar na proposta.
O filme é péssimo !!! Jamais recomendaria
Fraco, muito fraco. Quando comecei a gostar me interessar pela história dos personagens o filme acaba do nada. Estou aguardando a continuação. Quando sairá os próximos episódios?
Filme péssimo!!! Perda de tempo!
Mediano ? O cara que chama esse filme de mediano não sabe nada sobre filmes, aposente-se ou mude de profissão, esse filme é horrível e eu estou puto da vida por ter perdido meu tempo com essa merda.
O filme tava indo bem, Acho que usaram todos os recursos financeiros do filme até aquela cena final, daí terminaram assim mesmo. Decepcionante. 👎