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  • Foto do escritorKamila Costa

Crítica: 'É Assim que Acaba' traz reflexão sobre temas sérios com um toque de leveza



É Assim Que Acaba é o longa baseado no livro homônimo da autora americana Colleen Hoover e traz os personagens Lily Bloom (Blake Lively) e Ryle Kincaid (Justin Baldoni, que também é o diretor) como protagonistas de um romance aparentemente inocente e apaixonante.


Após o falecimento do seu pai, querendo deixar para trás os traumas do passado e em busca do seu sonho de abrir uma floricultura, Lily se muda para a cidade de Boston. Nessa mudança, ela conhece o médico cirurgião Ryle Kincaid, que, a princípio, parece ser o amor da sua vida. No entanto, à medida que o relacionamento avança, as demonstrações de afeto de Ryle se tornam cada vez mais suspeitas, indicando um amor possessivo.


Em meio à mudança de cidade, um novo amor, novas amizades e novos empreendimentos, Lily também reencontra um antigo namorado da sua adolescência, que a faz revisitar os lugares mais profundos de sua alma, resgatando sua identidade e suas reais motivações para querer uma vida longe de sua família e da sua cidade natal.



Mesclando acontecimentos do presente de Lily com flashbacks do passado e temas importantes a serem discutidos na sociedade, o longa consegue transmitir uma mensagem sobre a força feminina em meio à dor, mas tudo com uma certa leveza, de maneira que o assunto não se torna cansativo para o público.


É importante ressaltar que o filme não se trata apenas de um romance, mas de uma história sobre abuso e como os ciclos de abuso podem se perpetuar em diferentes gerações de uma mesma família.


O longa acerta ao apresentar a história do ponto de vista de Lily e mostrar como, às vezes, pode ser difícil para as mulheres e conhecerem que estão, de fato, em um relacionamento abusivo e com um parceiro agressivo. As memórias confusas de Lily, misturadas com a cegueira da paixão, fazem com que ela demore a perceber que está em perigo, mesmo com pessoas ao seu redor alertando-a para a ameaça iminente. Afinal, o que a faz permanecer em um relacionamento que pode não ser bom para ela?


Essa situação parece se repetir diversas vezes no mundo real. E, às vezes, também fazemos essa mesma pergunta para algumas mulheres ao nosso redor. Seja por carência, medo da reação do parceiro, dependência financeira ou, como no caso de Lily, a demora em perceber que o parceiro é agressivo e representa, sim, uma ameaça. Independentemente das razões que fazem uma mulher permanecer em um relacionamento abusivo, ela precisa perceber que tem força para sair dele. Nesse quesito, o filme tem muitos pontos positivos e deixa uma mensagem forte para o público.

 

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