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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Dora e a Cidade Perdida' é para crianças bem, bem pequenas


Sucesso do canal Nickelodeon, o desenho Dora, a Aventureira finalmente ganhou um espaço nas telonas. É Dora e a Cidade Perdida, longa-metragem que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 14, pelas mãos da Paramount. No entanto, fãs de outras épocas da garotinha exploradora poderão se decepcionar: o filme é feito e pensado quase que unicamente para as novas gerações, que ainda embarcam com Dora na tevê.

Dirigido por James Bobin (Os Muppets, Alice Através do Espelho), o longa-metragem conta a história de uma Dora adolescente (Isabela Moner) que precisa sair da sua vida na selva. O motivo? Uma exploração que seus pais (Michael Peña, Eva Longoria) irão realizar. Assim, ela acaba indo para a casa de seu primo Diego (Jeff Wahlberg), nos EUA, e passa a conhecer o sistema de cultura daquele País -- como escolas, festas, por aí vai.

Bobin, na maior parte do filme, segue um adaptação lógica e bem infantil. Músicas acontecem pra lá e pra cá, piadas sobre cocô acontecem várias vezes durante o filme, e o lúdico está presente. Isabela Moner (De Repente Uma Família) entra nisso de cabeça e está sempre alegre, radiante, feliz -- como é a personagem de Dora. É um filme ideal para as crianças bem pequenas. Vão rir de cacoetes, de músicas, de aventuras gerais.

O público mais velho, principalmente os nostálgicos, que já viam o desenho há 10 ou 15 anos, deve se decepcionar. Afinal, não há muitas piadas voltadas para esse grupo de interesse, com exceção de dois momentos bizarros e divertidíssimos -- a meu ver, os dois grandes momentos de frescor do longa-metragem. Piadas, músicas e o excesso na atuação de alguns dos personagens devem incomodar. Em alguns casos, até irritar.

Falando em atuações, aliás, só Moner e Michael Peña (Homem-Formiga) estão realmente bem. Jeff Wahlberg (Don't Come Back from the Moon), sobrinho de Mark, é um desastre. Não convence. Destaque, porém, para Benício del Toro como Raposo.

De resto, poucos destaques. A aventura é banal, com toques de Indiana Jones, e não dá pra cravar se as piadas funcionam ou não. Afinal, eu não sou público deste filme. E provavelmente você, leitor, também não o é. É um longa-metragem para crianças, que irão se divertir e se animar com uma aventura real do desenho animado. Uma regular Sessão da Tarde, com lampejos criativos e bom humor. Podia ser melhor. Mas funciona.

 

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