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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Destemida' é drama de inspiração da Netflix sobre união e superação


A maré está boa para a Netflix esta semana. Além do bom filme policial Infiesto, o serviço de streaming lançou nesta sexta-feira, 3, o drama australiano Destemida. A trama acompanha a história real de Jessica Watson, a primeira jovem a velejar sozinha ao redor do mundo -- saiu da Austrália, atravessou o Pacífico, passou pelo Chile e pelo Cabo da Boa Esperança e voltou.


É uma história simples, que basicamente mostra como essa garota enfrentou as adversidades no meio do oceano, sozinha, para conquistar uma importante marca pessoal. São histórias que não são novidade para quem já leu os relatos do brasileiro Amyr Klink, por exemplo, que já atravessou o Oceano Atlântico a remo -- o que é relatado no belo Cem Dias Entre Céu E Mar.


É a beleza de um dia encontrar uma baleia levando sua vida no fundo do mar e, no outro, ter que enfrentar uma tempestade impressionante, que pode colocar tudo a perder. São emoções que vêm e que vão, quase sem a protagonista perceber, precisando se adaptar à natureza. É uma beleza singela em um mundo que impera pela humanidade dando ordens à tudo e todos.

Muito dos bons momentos do filme passam pela atuação de Teagan Croft (Titãs), que sabe como conduzir sua personagem nesse cenário tão adverso, mas com vontade de realizar sua ideia.


O filme só fica degraus acima por conta da direção burocrática de Sarah Spillane (Ao Redor do Bloco, Geração Roubada). A cineasta comanda o filme como uma Sessão da Tarde qualquer, sem nenhum tipo de ousadia. Tudo é absolutamente plano e a emoção surge apenas pela situação da protagonista. Se Spillane fosse mais "fora da caixa", poderia ser um filme acima da média.


Enfim: Destemida é um bom drama australiano da Netflix que, apesar da linearidade repetitiva da história e falta de ousadia no retrato de Jessica, vai conseguir emocionar e até mesmo empolgar aqueles que estão assistindo do outro lado da tela. No final, fica fácil derramar algumas lágrimas e se emocionar por uma história de energia, superação e, claro, de união.

 

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