Há uma espécie de consenso no mundo cinematográfico de que 365 dni é um dos piores filmes de todos os tempos. Não só não tem história, como é brega, mal filmado, estranho. Se propõe a ser um filme erótico, mas não causa absolutamente nada -- só constrangimento. Por isso, não é surpresa que Desejo Proibido, estreia desta quinta, 13, também seja um filme realmente ruim.
Dirigido por Tomasz Mandes, a mente por trás da franquia polonesa da Netflix, o longa-metragem conta a história de Maks (Simone Susinna) e Olga (Magdalena Boczarska), duas pessoas que se apaixonam. O problema? Ela é a juíza de um caso que é determinante na vida do rapaz. A partir daí, entre erros e acertos, tensão e tesão, os dois veem o romance evoluir da maneira que já conhecemos – é só assistir 365 dni e saber como as coisas vão se desdobrar.
A graça da coisa (ou, melhor, a falta de graça) é que Desejo Proibido simplesmente não acerta em nenhum de seus dois objetivos: criar tensão e tesão. No primeiro ponto, da emoção, pouca coisa sobra: a situação é tão irreal e absurda que não dá pra embarcar na proposta. Afasta o público, repele qualquer emoção. Não dá vontade de conhecer mais os personagens e trama.
Muito disso também é culpa do elenco. Susinna (de 365 Dias) não é ator, apenas modelo: não sabe atuar, não sabe colocar emoção em seu personagem. É só um cara bonito andando pra lá e pra cá. Boczarska (A Arte de Amar) é um pouco melhor do que Susinna, mas não adianta. A situação está tão comprometida por conta da atuação do parceiro de cena que as coisas não funcionam. Não dá para sentir empatia pelos personagens, tampouco qualquer boa conexão.
Sobre a questão do tesão, é aquilo que já sabemos sobre Mandes: ele não dirige filmes, mas videoclipes de 90, 100 minutos. Parece um comercial de perfume. Isso, aliado com a história boba e as atuações horrorosas, causa um resultado constrangedor: o filme não causa nada, só cansaço. Sinceramente, difícil entender como o filme foi aprovado e virou realidade. Vergonha.
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