Neste ano, as crianças já puderam vivenciar duas boas experiências nos cinemas: Sonic 2, contando com uma espécie de catarse coletiva entre os pequenos em vídeos divulgados nas redes sociais, e Minions 2. Os dois filmes funcionaram muito bem, com o filme das criaturas amarelas inclusive desbancando Thor: Amor e Trovão no topo das bilheterias brasileiras. Agora, outra boa experiência para os pequeninos chega aos cinemas: o bom DC Liga dos Superpets.
Dirigido pela dupla Jared Stern (Feliz Aniversário de Casamento) e Sam Levine (Penn Zero: Quase Herói), o longa começa mostrando a relação entre Superman e Krypto(The Rock), o cachorro com poderes que veio pra Terra com Kent. Bem em um momento em que a relação dos dois está conturbada por conta de Louis Lane, uma porquinha da índia decide usar uma kriptonita laranja para ganhar poderes, fazer uma parceria com Lex Luthor e dominar o mundo.
E é aí que entra a graça de DC Liga dos Superpets. Superman fica incapacitado, junto com os parceiros da Liga da Justiça, enquanto Krypto perde seus poderes. Neste momento, o cachorro irá contar com a ajuda do cão Ace (Kevin Hart), da porca PB (Vanessa Bayer), a tartaruga Merton (Natasha Lyonne) e o esquilo Chip (Diego Luna). É uma aventura pura e simples, com esses personagens precisando se virar pra derrotar a tal porquinha da índia e, também, Lex Luthor.
Ainda que tenha uma animação exageradamente simples, sem qualquer traço artístico ou de originalidade em tudo que é criado, a história é bonitinha e funcional como deve ser. Os personagens dos animais possuem conexão com os pequenos, principalmente com apostas em piadas que, ainda que repetidas, funcionam. É a dificuldade da tartaruga em usar a velocidade, a paixão da porquinha pela Mulher-Maravilha ou o esquilinho com ansiedade e medo antecipado.
A única derrapada é que o roteiro de Stern e John Whittington (Sonic 2) vai inchando demais, crescendo demais, se complicando demais. Um filme sobre cachorros poderosos ganha camadas desnecessárias e, no final, pode ficar desinteressante -- para os adultos, pelo menos, fica. É muita coisa acontecendo, muita megalomania com a vilã porquinha da índia... É o exagero que Minions cometeu no primeiro filme, mas corrigiu no segundo, fazendo um filme agradável.
DC Liga dos Superpets nunca chega a se tornar chato, cansativo ou coisa que valha. É sempre bonitinho e funcional, fazendo graça e apresentando uma aventura que te deixa preso na tela. Em um ano em que os filmes infantis estão dominando as telas e as bilheterias, é quase certo que esta produção vai ter o mesmo efeito. Afinal, todos os ingredientes estão aqui. Só fica a torcida para que uma (certeira) continuação saiba de suas limitações e seja mais enxuta.
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