O anonimato da internet empodera os imbecis. Afinal, sem precisar revelar a identidade, pessoas se sentem na liberdade de falarem tudo que querem, pensam, desejam, sentem -- não importa se isso vai ferir a existência de outra pessoa ou, em casos extremos, cometer crimes. E é justamente isso que mostra Cyber Hell, documentário sul-coreano no catálogo da Netflix.
Estreia desta quarta-feira, 18, o longa-metragem mostra detalhes de uma investigação na Coreia do Sul sobre um crime virtual bem específico: criminosos, anônimos no Telegram, usavam da técnica do phishing para pegar dados de vítimas e, na sequência, as ameaçando. Como? Dizendo que iam divulgar fotos íntimas das menores de idade caso não mandassem mais fotos íntimas.
Era um ciclo sem fim, em grupos com mais de mil participantes que se divertiam com o sofrimento alheio e endeusavam os responsáveis por esses grupos -- principalmente os anônimos Godgod e Baka. Era um ciclo sem fim, de ameaças, chantagens, perseguição e até mesmo ameaça contra a vida dessas jovens. Difícil não se revoltar contra tais criminosos.
Dirigido por Jin-seong Choi, o longa-metragem conta a história com calma. Em momento algum o roteiro se apreça ou, até mesmo, busca reviravoltas ou sabores narrativos para tornar a história mais atraente. Pelo contrário: Choi preza pelo respeito e faz com que Cyber Hell seja um documentário cuidadoso, até meticuloso, preocupado em passar a mensagem com clareza.
Isso causa dois efeitos. Primeiramente, há um respeito do público para com o documentário e seus realizadores, já que fica evidente desde o começo a complexidade da história e, acima de tudo, como é difícil abordar os crimes cometidos sem deslizes. Em outro momento, porém, isso cansa: a história parece demorar pra avançar. Relatos se repetem, histórias se cruzam.
Fica a sensação, então, de que Cyber Hell é deveras responsável, mas pouco saboroso como documentário -- algo mais do que essencial no gênero true crime. Falta emoção, explosão. E assim, Cyber Hell infelizmente se torna apenas mais um documentário dentre tantos sobre crimes na Netflix. É forte? É. É necessário? Também. Mas está longe de conseguir destaque.
Me surpreendi com erro de português do colunista. Uma pessoa que lê e é ligado à cultura não erra e não troca o uso da palavra apressar por apreçar. Apressar vem da palavra pressa, que é o contexto em que o colunista escreveu. Já apreçar com Ç vem da palavra preço, então apreçar significa perguntar ou avaliar o preço de alguma coisa. Erros de português, lamentavelmente, faz com que o autor perca a credibilidade, na minha opinião.
INFELIZ NO TÍTULO! O OBJETIVO É DIVULGAR, MOSTRAR AS MULHERES COMO SE PROTEGER, TOMAR CUIDADO COM A INTERNET, NGM ESTÁ INTERESSADO SE DEMORA, SE É CANSATIVO, ETC... ISSO NAO INTERESSA, O OBJETIVO É ALERTAR AS PESSOAS E PRINCIPALMENTE AS MULHERES. ESSE DOCUMENTARIO NAO FOI PRODUZIDO PRA GANHAR PRÊMIO E SIM ALERTAR, APENAS ISSO, E TEVE DESTAQUE SIM, COMO DEVERIA E NÃO PRA SER FILME DE CINEMARK. SE QUER VER FILME COM EXCELENTE ROTEIRO, TRAMA BEM CRIADA ETC ASSISTA UM FILME DE HOLLYWOOD. PÉSSIMO COMENTÁRIO O SEU! SÓ PODIA SER FEITO POR HOMEM MESMO.