Todo mundo sabe que Oriol Paulo tem um vício: reviravoltas. Todos seus filmes, em maior ou menor quantidade, contam com plot twists inacreditáveis. Alguns funcionam mais, como no inacreditável El Cuerpo, enquanto outros ficaram em um terreno complicado, como o fraquíssimo Durante a Tormenta. Agora, o novo As Linhas Tortas de Deus, estreia desta sexta-feira, 9, fica no meio do caminho: exagera nas reviravoltas, mas ainda assim empolga.
A história se concentra em Alice (Bárbara Lennie), uma mulher que decide se internar em um hospital psiquiátrico com um objetivo único: descobrir a história por trás de um crime que ocorreu naquele lugar anos atrás. Obviamente, por ser um filme de Oriol Paulo, nada é o que parece ser. Personagens que pareciam estabelecidos vão se transformando drasticamente, sem aviso prévio, e o espectador perde aquela linha de segurança. Não sabemos no que confiar.
Nesse ponto, o filme tem erros e acertos. Por um lado, as reviravoltas trazem momentos de diversão. É legal ver as coisas se transformando e a narrativa buscando novos caminhos -- é a graça, afinal, do plot twist. Oriol Paulo, aliás, sabe mexer com os ânimos, percepções e ideias do espectador como poucos. No entanto, ao mesmo tempo, o excesso de reviravoltas cansa, quase se torna banal no final. São tantas mudanças de direção que o que era pouco usual vira normal.
Com isso, rapidamente, As Linhas Tortas de Deus se torna um filme cansativo. Mais do que isso, aliás: um filme problemático. Há vários furos de roteiro e muitas questões temporais simplesmente não encaixam. Parece que, quando Paulo começou a amontoar as várias reviravoltas, a essência da história se perdeu. É uma duplicata de emoções, então. Por um lado, a diversão das mudanças. Do outro, essa sensação de que a narrativa simplesmente se esvai.
Pelo menos, Bárbara Lennie (A Garota de Fogo) é um acerto incontestável. Apesar dessa falta de rumo da história em alguns momentos, a atriz continua como uma protagonista impecável, que nunca abandona o fio da meada de sua personagem -- por mais que ela passe por mudanças. É o coração de As Linhas Tortas de Deus que, com certeza, não é dos melhores filmes de Oriol Paulo, mas continua divertindo e mostrando que é um cineasta espanhol deveras criativo.
A proposta do filme é deixar o telespectador com dúvidas a respeito da sanidade mental de Alice. Será que ela tem realmente problemas mentais? Como é possível enganar uma junta médica? Isso é possível na vida real? Gostei muito do filme. Nos traz uma reflexão sobre os inúmeros tipos de transtornos mentais que existem. Parabéns ao diretor e a todo elenco!
Esse filme me deu agonia do início ao fim, tanta reviravolta para um desfecho tão pobre. Parecia bom, apenas.
E a legista que ela matou? Fica como? Sem sentido esse filme
Dubiedade do início ou fim.. a conclusão fica a critério de cada um.
Em que confusão vc se meteu?? Poderia ser corroborando ou negando toda a história. Eu diria que apesar de muito inteligente e capaz de ter lógica, ela era paciente. Mais falo com incerteza por conta de tantas pontas abertas sem fechamento. Esse filme merecia um final mais elaborado.
Assistir o filme agora, e achei ruim até tentar entender o que de fato foi real, e isso faz com que pensamos que somos mais loucos que os próprios personagens. Kkkk
Mas o que entendi foi, que todas as versões tem uma porcentagem de verdade, na ordem certa seria assim
Alicia realmente se internou para "investigar um caso" de um suposto suicídio que ocorreu alguns anos, mas que não tem a ver com a morte de um da gêmeos, se observar ela fala outro nome quando as refere a esse caso (o filme mostra esse caso quando ela está narrando outro caso) o que confunde um pouco.
Outra verde é que ela realmente tentou envenenar o marido e sofre de…