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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Aqueles que me Desejam a Morte' destaca Angelina Jolie em filme morno


Angelina Jolie é uma atriz completa. Personalidade que ultrapassou a noção de fama que temos, mesmo em Hollywood, a americana deixou sua marca registrada em filmes como Sr. e Sra. Smith, Tomb Raider e O Procurado. Agora, depois de um respiro de filmes desse tipo, focando mais na fantasia de Malévola, Jolie volta pro "cinemão" em Aqueles Que Me Desejam a Morte.


Dirigido e roteirizado por Taylor Sheridan, cineasta por trás de Terra Selvagem e que escreveu obras como Sicario e A Qualquer Custo, o longa-metragem também apresenta a marca registrada de Sheridan: um ambiente árido, extremo. Aqui, porém, nada de gelo ou deserto. O que assombra a personagem de Jolie são dois assassinos profissionais e um incêndio florestal.


Mas, vamos por partes. Aqueles Que Me Desejam a Morte conta a história de Connor (Finn Little), um garotinho que vê seu pai ser morto por dois assassinos profissionais (Aidan Gillen e Nicholas Hoult). A partir daí, tentando sobreviver e levar o segredo do seu pai pra frente, ele tenta sobreviver na floresta de uma pequena cidade com a ajuda de uma destemida bombeira (Jolie).

Sheridan, como sempre, aposta na fórmula de um faroeste moderno -- com personagens no limite da moral, investigações em andamento, xerifes, crimes e por aí vai. Jolie faz bem o contraponto ao garotinho em risco, servindo bem como uma espécie de pilar para essa criança em risco. Há camadas dramáticas e, também, um bom desempenho físico na ação do filme.


No entanto, rapidamente, o cineasta e roteirista acaba recaindo em alguns clichês e facilitações narrativas que cansam, trazendo inclusive um ar antiquado para o longa-metragem -- a produção poderia ser tranquilamente um telefilme que passa na Globo de madrugada. É o raio que acaba com a comunicação, a facilidade do rastreio e outras sacadas narrativas vazias.


O melhor, além da atuação de Jolie, de Gillen (Game of Thrones) e do garotinho, acaba sendo a tentativa de sobrevivência dos personagens no incêndio. É algo que lembra, e bastante, os filmes Tormenta de Fogo e o recente Homens de Coragem. Dessa maneira, assim como o restante da trama, falta originalidade. Mas tem alguma coisa ali, bem escondida, que chama a atenção.


Assim, em resumo, Aqueles Que Me Desejam a Morte é um filme banal, sem grandes surpresas e, principalmente, sem o brilhantismo que vimos de Sheridan em A Qualquer Custo, Sicario ou, até mesmo, Terra Selvagem. Talvez por ser a adaptação de um livro, o realizador tenha ficado um pouco mais amarrado. Mas, pelo menos, dá para se divertir e, no final, passar bem o tempo.

 
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