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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Amor à Primeira Vista', da Netflix, é comédia romântica ingênua e bonitinha


É tão difícil encontrar filmes bons e ingênuos na Netflix, que confesso que fiquei surpreso quando terminei de assistir a Amor à Primeira Vista com um sorriso no rosto. O longa-metragem, que estreou no serviço de streaming nesta sexta-feira, 15 de setembro, é bobinho de tudo -- uma típica comédia romântica, sem tirar nem pôr. E por isso é tão gostosa de assistir.


A trama, simples de tudo, conta a história de Hadley (Haley Lu Richardson) e Oliver (Ben Hardy), dois estranhos que se conhecem no aeroporto quando ela se atrasa para um voo para Londres. É nesse descompasso do tempo que os dois acabam descobrindo um amor inesperado.


No entanto, como sempre são nesses filmes, nem tudo é simples. Na hora de passar o telefone de um para o outro, falta bateria no celular. O irmão chega antes no aeroporto e faz o encabulado Oliver passar vergonha -- indo embora antes da nova paixão descer do avião. E por aí vai. É um filme de encontros e desencontros, que questiona o destino do que é o amor.


Vanessa Caswill, que faz sua estreia em longas depois de vários curtas e minisséries, se sai bem na direção. Ainda que opte por deixar algumas decisões questionáveis de roteiro ainda mais estranhas (a tal mulher que fica sempre aparecendo, como a fada madrinha de Perdida), a cineasta sabe como deixar o clima do filme agradável. A fotografia amarelada, quase dourada, também é boa. Pontos para Luke Bryant, diretor de fotografia que pela primeira vez se destaca.


Obviamente, sendo uma comédia romântica com um ar bastante genérico, é difícil não sentir que o filme é sempre um resgate de outras coisas que já vimos -- por motivos óbvios, o lindíssimo Ponte Aérea não saía da minha cabeça. Mas tudo bem. Às vezes, precisamos disso mesmo: uma história bobinha, simpática e que nos dá um afago bem dado no coração.

 

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