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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'Ajustando um Amor', do Prime Video, é bonitinho, mas poderia ser melhor


Cá entre nós, filmes sobre amores que nascem em viagens no tempo já chegaram em um limite. Duas produções zeraram tudo que poderia ser feito sobre isso -- mais especificamente, Questão de Tempo e Feitiço do Tempo. Ainda temos outros bons filmes sobre o assunto, como Palm Springs. Hoje, é difícil surpreender e Ajustando um Amor, do Prime Video, não consegue decolar.


Dirigido por Alex Lehmann (dos bons Blue Jay e Paddleton), o longa-metragem começa de um jeito diferente do que estamos acostumados com histórias desse tipo. Ao invés de entrarmos na história antes do looping começar, de fato, mergulhamos na trama com Sheila (Kaley Cuoco) já acostumada com as viagens e tentando convencer Gary (Pete Davidson) do amor que vivem.

Sem dúvidas, Ajustando um Amor (e que título brasileiro horrível, não?) começa fofo, com o público torcendo pelos dois. Nós queremos que essa personagem, que sabemos tão pouco, tenha sucesso na empreitada de conquistar o homem de seus sonhos nas viagens intermináveis. Dá para sentir uma química inicial entre dois, ainda que tenham pouco a ver.


Só que, aos poucos, o roteiro de Noga Pnueli (Deborah) perde consideravelmente a força. Sheila vai se tornando irritante, Gary se torna cada vez mais plano e redundante. A situação, que era fofa, rapidamente ganha contornos exagerados e repetitivos. Todo o charme que vimos nessas outras histórias de looping temporal, infelizmente, se perde em uma história sem muito brilho.


Nesse contexto, conforme Sheila vai alçando voos cada vez mais questionáveis, a química também vai indo água abaixo. Nós, como espectadores, vamos perdendo o interesse. E quando, no final, Ajustando um Amor tenta novamente capturar o público com a fofura típica dessas histórias, já era: não dá mais tempo de voltar. E o filme, assim, se torna mais um na multidão.

 

3 comentários

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3 commenti


Débora Fálico Quintana
Débora Fálico Quintana
02 nov 2023

Ahhhh... a psicanálise de Freud. Não se pode mudar o passado. Ja sabemos disso. Mas nosso inconsciente não!! A dor do trauma é grande demais, então ficamos voltando um trilhão de vezes na ilusão de que podemos controlar alguma coisa e fazer diferente dessa vez pra não doer tanto. Cada dor tem seu tempo de doer. Precisamos respeitar. E nesse processo, tentamos inclusive, mudar o outro para minimizar a nossa dor. Mas quando chega esse tempo chega ao fim, é possível ressignificar o trauma. Nada muda. Mas muda o seu olhar sobre ele. Só que tem um problema... esse trauma era nossa vida e a partir de agora não temos ferramentas para continuar sem ele. Perdemos o chão. Achamos q…

Modificato
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Karine Rodrigues
Karine Rodrigues
17 feb 2023

Que crítica RASA. Não entendeu nada da profundidade que a estória propõe, sobre necessidades de controle, perfeccionismo, etc. É justamente pra mostrar o quão chato se torna a vida assim que o filme fica chato. Mas o crítico só viu a superfície. Enfim.... Talvez se voltar no tempo e assistir novamente consegue ir mais fundo, kkkk

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Thais Fontes
Thais Fontes
29 gen 2023

Eu adorei. Achei a história diferente e muito profunda.

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