A trama de A Sogra Perfeita, comédia nacional que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 25, tem a essência do gênero no Brasil. Dirigido por Cris D'Amato, cineasta por trás de filmes como É Fada e S.O.S. Mulheres ao Mar, o longa-metragem conta a história de Neide (Cacau Protásio), dona de um salão de beleza que quer fazer com que o filho Fábio Jr. (Luis Navarro) se case.
A pretendente que surge no horizonte é a nova atendente do salão de beleza, Ciléia (Polliana Aleixo). As duas, juntas, armam um jeito de colocar a jovem na vida do rapaz, que só pensa em ficar trancado em seu quarto jogando videogame. É aí que a trama ganha corpo e direção, com essa história de idas e vindas do amor -- e, também, com idas e vindas com a própria sogra.
Com Protásio fazendo uma personagem que lembra bastante o que foi visto recentemente em Amarração do Amor, em que a atriz também interpreta uma sogra em conflito, o humor é conhecido do brasileiro. A Sogra Perfeita não pretende revolucionar o gênero, sequer trazer algo realmente diferente. O longa-metragem aposta no bê-á-bá feito com correção, sem extrapolar.
Lembra de A Grande Família? É um clima bem similar, bem próximo. D'Amato explora a essência da família brasileira -- uma mãe batalhadora no centro de tudo, um machismo estrutural e que quase some na rotina (o filho pedindo tudo do conforto de seu quarto) e coisas do tipo. São poucos os momentos de gargalhada na produção, mas ficamos com aquele risinho bem contido.
Há alguns exageros e excessos aqui e ali, como a presença forçada do personagem Eddy, de Rodrigo Sant'anna. Será que já não deu de rirmos de personagens gays muito estereotipados?
A Sogra Perfeita é, assim, um humor gostoso para passar o tempo, sem grandes inovações. Cacau está bem, assim como Polliana Aleixo -- que, cada vez mais, promete ser um dos grandes nomes da TV brasileira nos próximos anos. Segue o caminho de outros filmes de D'Amato, como S.O.S. Mulheres ao Mar, com momentos leves, personagens bem brasileiros e trama divertida.
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