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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: 'A Felicidade das Pequenas Coisas' é filme simples, mas emocionante


Você já assistiu a um filme do Butão? Pequeno país da Ásia, com menos de 800 mil habitantes, o Butão é um local com particularidades típicas: o aspecto montanhoso, um governo focado na chamada Felicidade Interna Bruta, tribos tradicionais e por aí vai. Por isso é tão interessante mergulhar nessa cultura com A Felicidade das Pequenas Coisas, estreia da última quinta, 27.


Dirigido e roteirizado pelo estreante Pawo Choyning Dorji, o longa-metragem conta a história de Ugyen Dorji (Sherab Dorji), um professor, aspirante a cantor, que quer apenas colocar o violão debaixo do braço e ir cantar na Austrália. Só que quando mostra sua insatisfação para a chefia, o rapaz é enviado para dar aula na escola mais remota do Butão, numa zona rural afastada.


É aí que as coisas começam a caminhar com mais força. A Felicidade das Pequenas Coisas foca na relação de Ugyen com seus alunos -- primeiramente, de maneira reticente e não compreendendo exatamente aquele desafio; depois, entendendo melhor como aquelas crianças estão mudando sua vida e, consequentemente, suas aulas estão mudando a vida das crianças.

O principal ponto positivo do longa-metragem se concentra justamente na forma que Pawo Choyning Dorji filma o Butão. Há beleza nos cenários e é interessante como o ambiente bucólico entra dentro da rotina de Ugyen -- o iaque que aparece em várias cenas, por exemplo, traz uma naturalidade interessante para dentro da narrativa. O Butão faz parte essencial da história.


Infelizmente, porém, há uma previsibilidade cansativa na história. A jornada do protagonista é bem óbvia e já vista com frequência em outras histórias que envolvem essa jornada de autoconhecimento. Obviamente, o cinema do Butão ainda está dando os seus primeiros passos e é natural que haja certo enraizamento em clichês neste momento. Mas poderia ir muito além.


Ainda assim, A Felicidade das Pequenas Coisas é uma história emocionante e simpática, ainda que óbvia. Mostra ao público os detalhes da vida do Butão, mesmo em seu ponto mais remoto e menos acessível. Com isso, o cinema apenas comprova novamente como é o melhor meio de viajar por aí e conhecer novos culturas, pessoas e histórias. Até de uma escola no fim do Butão.

 

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