ATUALIZAÇÃO: Por conta da crise do coronavírus, o festival foi adiado para Setembro de 2020.
O principal festival de documentários do País -- e um dos mais reconhecidos do mundo -- está fugindo da crise que assola o mercado de audiovisual para comemorar seus 25 anos. E, pelo que foi apresentado na coletiva de imprensa de abertura do É Tudo Verdade, conseguiram fugir com sucesso. Neste ano, o festival ampliou a competição de longas e trouxe mais títulos relevantes.
Serão exibidos, no mês de setembro de 2020, 83 longas. Em São Paulo, principal praça do É Tudo Verdade, haverá uma ampliação nas salas de exibição: saltam para seis salas, incluindo as do Espaço Itaú de Cinema da Augusta, deixando a mirrada sala do Instituto Moreira Salles pra exibições menores. No Rio, enquanto isso, o público terá um total de três salas.
"É o único festival com entrada franca. Precisamos celebrar esse fato e os 25 anos de aniversário", disse o diretor-fundador do É Tudo Verdade, Amir Labaki, durante a coletiva de imprensa. "Neste ano, teremos 15 premières mundiais filmes dos cinco continentes. Além disso, continuamos sendo o único festival que pré-qualifica quatro filmes para o prêmio do Oscar".
A cineasta Laís Bodanzky, no comando da Spcine há cerca de um ano, celebrou o crescimento do É Tudo Verdade, enquanto festivais como a Mostra, o Festival do Rio e Ecofalante enfrentam severos entraves financeiros. "A parceria público-privada é um amortecedor em momentos que a cultura fica sob ataque", disse, citando o apoio do Itaú, Sabesp, Prefeitura de SP e a Spcine.
Filmes em competição
Neste ano, além da ampliação de salas e do número de filmes totais no catálogo, há um salto nos longas participantes da mostra competitiva: parte de 7 para 10 filmes. E há de tudo. Filmes sobre músicos (Jair Rodrigues: Deixa que Digam; Paralamas do Sucesso: Os Quatro), ditaduras (Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil) e vida de atendentes (Meu Querido Supermercado).
Na competição internacional, a mesma variedade. Destaque-se, dentre os 12 selecionados, o romeno Collective (sobre um incêndio numa boate na Romênia); Cidade dos Sonhos, sobre um vendedor de rua na China; e O Rolo Proibido, sobre o cinema no Afeganistão pré-Talibã.
O Esquina, como tradicionalmente já faz há três anos, irá cobrir o É Tudo Verdade de 2020. Acompanhe o site e nossas redes sociais pra saber mais sobre programação e filmes da mostra.
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