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Foto do escritorMatheus Mans

7 livros infantis que merecem a sua atenção


Vira e mexe, o Esquina traz algumas indicações de livros infantis ou juvenis. Era algo que, até algum tempo atrás, não estávamos acostumados a fazer. Mas os resultados foram tão positivos nas duas primeiras publicações que, agora, damos continuidade. Assim, aqui apresentamos mais sete opções de deliciosos livros infantis, que tratam de diversas temáticas e objetivos.


Vai Viajar, Caracol?


Livro bastante infantil, para aqueles pequenos que estão começando a criar intimidade com o abecedário. E que riqueza de livro! Escrito por Maurício Veneza e ilustrado por Luciano Tasso, Vai Viajar, Caracol? brinca com as palavras ao contar a história de um caracol que decide viajar pelo mundo. E isso com a casa nas próprias costas e uma infinidade de sonhos espalhados por aí.

A partir disso, Maurício vai falando sobre os lugares que o caracol quer visitar enquanto faz rimas ou até mesmo brincadeiras um pouco mais complexas com sons de palavras -- um jogo de sons com os estados do Pará e do Paraná é um dos mais bem sacados. As ilustrações, enquanto isso, ajudam a dar o tom lúdico da história e a fazer o pequeno leitor entrar no clima.


Diga Oi ao Homem Invisível


E quem disse que o Homem Invisível precisa ser assustador? Manuel Filho, com ilustrações de Ana Matsusaki, mostra que pode ser o contrário. Em Diga Oi ao Homem Invisível, obra também mais voltada à pequenos leitores, o autor brinca com a presença de um homem invisível no dia a dia, em sua própria rotina. Ele pega ônibus, queima a língua, ele se assusta em filme de terror.

A partir disso, Manuel vai criando um livro simples, mas altamente interativa, em que instiga o leitor a criar uma relação com esse tal homem invisível. Chamar sua atenção, assoprar a língua queimada e coisas do tipo. É daquelas obras que deixam os pequeninos empolgados com o poder de interatividade, ainda que essa tal interatividade fique apenas na imaginação da criança.


Atrás do Tapume


Sem diálogos ou qualquer outra coisa escrita, Atrás do Tapume é um daqueles livros que se encaixam na categoria de sensoriais. Ainda que não seja uma obra que busque mexer com um sentido em específico, este livro de Mariângela Haddad fala sobre as transformações em uma casa e, consequentemente, como isso afeta a família que mora ali e passa sua vida por ali.

Assim, apesar da obra começar um pouco estranha, logo ela vai fazendo sentido -- ainda mais quando Mariângela provoca o pequeno leitor a fazer uma leitura inversa. Mostra os efeitos do tempo e, acima de tudo, deixa o pequeno refletindo sobre como as coisas mudam, independente do que façamos. Um livro ainda direcionado aos pequenos, mas que os instiga a refletir.


Como o Oceano nos Erguemos


Falando em reflexão, tem um que quer provocar nos pequenos algo bem específico: a consciência ambiental. Como Oceanos nos Erguemos fala para os leitores mirins sobre o impacto das nossas ações no meio-ambiente em vários pontos do mundo -- da Amazônia à Nova York, do Ártico à Nova Délhi. Nicola Edwards e Sarah Wilkins buscam fazer reflexão.

E isso, felizmente, é alcançado conforme elas vão mostrando não só os problemas que surgem hoje em dia, como também o que precisamos para impedir que a devastação continue a ocorrer: a união. É um livro bonito -- tanto quanto à diagramação da Editora Brasil, como a mensagem que busca passar -- e que se torna cada vez mais importante e urgente para a sociedade.


Tanta Chuva no Céu


Que livro mais bonito é esse Tanta Chuva no Céu, escrito por Volnei Canônica e ilustrado brilhantemente por Roger Ycaza. Aqui, o autor se vale de um tema complicado, o luto, para falar como isso afeta uma criança. Há muitas metáforas e, pela dureza do tema, talvez seja uma leitura recomendada para aquelas crianças um pouco mais crescidas, lá pelos 7 ou 8 anos.

No entanto, não pense que o luto é tratado aqui com desleixo. Pelo contrário. Volnei, aliado à ilustração potente e significativa de Roger, versa sobre temas como tristeza, solidão e desamparo de maneira suave, ainda que com responsabilidade sobre o que está sendo contado. Importante livro para que as crianças, de alguma forma, entendam desde pequenos a solidão.


O Pintor e a Ponte


Dos livros aqui indicados, O Pintor e a Ponte é o primeiro a ter um texto mais robusto, enchendo algumas páginas -- o que talvez mostre que esta história de Tânia Alexandre Martinelli seja mais indicada para leitores um pouquinho mais velhos. Aqui, no caso, acompanhamos um garotinho que precisa lidar com sentimentos enquanto também vê o mundo ao redor com outros olhos.

É uma história bonita, bastante singela, e que deve mexer com os sentimentos também dos leitores. O destaque absoluto fica com as ilustrações de Sebastião Peixoto, que sabe dar ainda mais vida à história com traços estilizados e que dão a tônica da trama. Uma história mais pé no chão e que, ainda assim, deve fazer com que os leitores viagem dentro da própria imaginação.


Um Belo Dia...


E, pra fechar, outro livro de texto um pouco mais robusto e para crianças mais crescidas. Mas que livro gostoso de ler! Escrito por Guilherme Semionato e ilustrado por Veridiana Scarpelli, a obra fala sobre a amizade. Aqui, no caso, João e Pedro são dois amigos que não se desgrudam, mesmo com uma distância enorme entre eles. É daquelas amizades de infância inoxidáveis.

A partir disso, Guilherme tem uma ótima sacada ao contar a história dessa amizade a partir da perspectiva do Sol -- o astro-rei que, afinal de contas, acompanhou tudo lá de cima. É bonito demais como o autor vai colocando as situações e desenvolvendo a relação entre as crianças, enquanto Veridiana sustenta a história com ilustrações lúdicas que ajudam na compreensão.

 
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