Polêmico, irônico, genial. São vários os adjetivos que poderia ser usados para descrever o cineasta Woody Allen, responsável pela direção de mais de 50 filmes — cerca de um por ano, a partir de 1982 com Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão. Multifacetado, é possível ver todos os tipos de histórias contadas pelo cineasta: drama, suspense, crimes, paródias e, é claro, comédias afiadas e que vão direto ao ponto.
Para entender um pouco mais do importante cineasta, em meio a suas mais de dezenas de produções, o Esquina separou cinco filmes essenciais de Allen, que mostram suas facetas mais diversas -- e ousadas. E se você tiver algum outro filme para sugerir ou algum que acha que não deveria estar na lista, deixe nos comentários!
Meia Noite em Paris. Filme recente de Woody Allen e que aumentou o número de fãs jovens do diretor. Afinal, além do roteiro provocativo e das belas paisagens da cidade de Paris, na França, os espectadores sentem um forte clima de nostalgia e ainda ganham, de quebra, um clima romântico que contagia qualquer um. Na história, acompanhamos um escritor (Owen Wilson) que embarca numa viagem ao passado junto com outros grandes nomes da literatura e das artes. É, sem dúvidas, a história mais acessível de Allen e um dos melhores filmes para começar a compreender o cineasta.
Manhattan. O mais conceitual dos filmes de Allen e um dos mais elogiados pela crítica. Em preto-e-branco, o diretor conta a história de um roteirista de TV frustrado (o próprio Allen) que passa por uma forte crise de meia-idade após sua terceira esposa o abandonar. Agora, ele namora uma colegial mesmo sabendo que a garota não é a pessoa certa para ele. Tem uma história provocativa e diálogos ainda mais afiados. Porém, a grande importância do filme está em sua estética: as cenas de Manhattan, em Nova York, imortalizaram o retrato da cidade na sétima arte.
Annie Hall. No Brasil, o filme foi terrivelmente traduzido para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e deu um aspecto mais cômico para o filme. No entanto, apesar de cenas que entraram para a história por sua ironia e bom humor, o filme é uma grande crítica às relações humanas. Na história, um humorista judeu (Allen) se apaixona por Annie Hall (Diane Keaton, impecável), uma cantora em início de carreira com uma mentalidade “complicada”. Em pouco tempo, então, eles decidem morar juntos, mas as crises conjugais começam a aparecer e a afetar os sentimentos de ambos.
Blue Jasmine. Um dos filmes mais sérios de Woody Allen, apesar do escape cômico de Sally Hawkins. Conta a história de uma socialite de Nova York (Cate Blanchett, que arrematou o Oscar). Profundamente perturbada e em negação depois que seu casamento acabou, ela vai à São Francisco para morar com sua irmã, onde começa a trabalhar em um dentista e faz sua irmã reavaliar suas opções com relação aos homens. É profundo, tocante e tem um final que é desesperador pelo seu teor enigmático.
Tudo que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar. Filme que mostra todo o humor escrachado de Woody Allen no começo de sua carreira -- mas sem deixar de fazer algumas provocações no meio do caminho. Em sua estrutura, pequenas e divertidas histórias ironizam as dúvidas sobre a sexualidade, como produtos afrodisíacos e perversões sexuais. E tem uma das cenas mais icônicas de sua carreira, quando Gene Wilder (de A Fantástica Fábrica de Chocolate) aparece na cama de um quarto de hotel com uma ovelha.
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