(1) É a obra máxima de William Shakespeare. Ainda que o escritor britânico tenha escrito peças como Sonho de Uma Noite de Verão, Romeu e Julieta e A Megera Domada, não tem pra ninguém: Hamlet é o livro mais lido, elogiado e recomendado da obra de Shakespeare. E não é pra menos. A história, publicada em 1603, mostra como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, Hamlet, o rei, executado por Cláudio, seu irmão, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a rainha. Dramalhão dos bons, que vai deixar qualquer um empolgado.
(2) Sabe quando falam que algo é shakespeariano? Se você ler Hamlet com atenção, vai entender perfeitamente o que isso quer dizer. Afinal, essas intrigas familiares intensas, cheias de mortes, traições e dores da burguesia, é o que Shakespeare sabe contar de melhor, sempre de uma diferente maneira. Em Hamlet, porém, a qualidade desse tipo de tragédia atinge um outro nível de profundidade com uma narrativa recheada de drama, provocação e intensidade. É a cara de William Shakespeare, que pode ser reconhecido na leitura a cada vírgula.
(3) Por fim, há de se destacar a importância histórica de Hamlet. Ok, tudo bem: esta não é uma história real, tendo saído inteiramente da cabeça do autor britânico. No entanto, Shakespeare tinha um tino social sempre conectado com tudo que acontecia no mundo e ao seu redor. Aqui, fica claro, ele entende os movimentos na burguesia e das classes mais altas na Europa e mostra como nem mesmo as relações familiares podem ser sustentáveis. É um dramalhão intenso e ficcional, mas que fala também do clima daquele nebuloso início do século XVII.