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Foto do escritorMatheus Mans

Crítica: pare o que está fazendo e vá correndo ver ‘Paddington 2’


Quando Paddington chegou aos cinemas, em 2014, a surpresa foi grande. Afinal, muitos críticos e boa parte do público não levaram o filme a sério antes do lançamento e acabaram surpreendidos com uma história emocionante e delicada -- sem dúvidas, um dos melhores filmes daquele ano. Agora, a trama britânica volta aos cinemas nesta quinta-feira, 1, com o excelente Paddington 2, mostrando tudo o que aconteceu na vida da família Brown após a chegada do ursinho.

Enquanto no primeiro filme foi apresentada a ideia da história com a chegada de Paddington a Londres, o segundo longa-metragem mostra a adaptação do ursinho ao ritmo da família e, principalmente, da vizinhança ao redor. O grande complicador aqui, porém, é um presente que Paddington quer dar à sua tia que é roubado e que tem a responsabilidade jogada em cima do protagonista. Paddington, então, precisará sobreviver na prisão enquanto a família busca o verdadeiro culpado

O Esquina, então, elencou cinco motivos para você assistir agora à Paddington 2. Confira:

Delicadeza da história

Como um bom conto de fadas que Paddington se propõe a ser, o longa-metragem conta com premissa simples, uma complicação no meio e um final repleto de boas mensagens. No entanto, este segundo filme da franquia vai um pouco além. Paul King, que praticamente fez sua estreia como diretor no filme original, aprendeu a usar melhor os elementos em cena sem encher a narrativa de coisas desnecessárias. Além disso, o ursinho está mais fofo do que nunca. Isso dá um charme maior à trama, que flui com naturalidade e deve agradar os mais velhos e os pequeninos. É um longa-metragem delicioso de ver e que não cansa em momento algum.

Bons atores

Outro ponto alto é o elenco que conta com Ben Whishaw (O Lagosta), Brendan Gleeson (Calvário), Hugh Bonneville (Downton Abbey), Hugh Grant (Florence), Imelda Staunton (a Umbridge de Harry Potter), Jim Broadbent (O Sentido do Fim), Julie Walter (Brooklin), Peter Capaldi (Doctor Who) e Sally Hawkins (A Forma da Água). Todos estão bem e, de algum modo, tem seus momentos em tela. É algo que King tinha perdido a mão no primeiro filme que, aqui, acerta o tom. Muito bom ver a nata do teatro britânico em cena. Mais uma mostra da qualidade do filme. Ah, e não veja dublado. Nada contra filmes dublados, mas aqui é um sofrimento ver as cenas sem sincronização. Melhorem.

Comédia no ponto certo

O filme também acerta com piadas bem encaixadas, que podem até passar despercebidas em alguns casos -- principalmente envolvendo Paddington, que fala alguns absurdos de maneira natural. Como dito no primeiro ponto, é tudo delicado e sem exageros, mostrando que o humor pode fazer sentido para várias idades sem ser escrachado como é visto em outras animações. Paddington 2 faz rir com naturalidade e sem forçar a piada em momento algum. Caso raro hoje em dia.

Efeitos visuais e trilha sonora

Este é um ponto que, em Paddington, poderia ser negativo. Agora, na continuação, o efeito do urso contracenando com atores reais foi claramente melhorado. Há melhor interação na tela e os detalhes do urso foram feitos com mais cuidado e esmero -- em algumas cenas de close é possível ver pequenas detalhes do pelo e dos olhos, extremamente expressivos na tela. É um ponto pequeno, que até poderia passar despercebido. A trilha sonora, aliás, é um deleite: emociona e vai de acordo com as emoções sentidas na história. Ponto para Dario Marianelli, o compositor.

Final emocionante

Poucos longas de animação recentes tiveram um final tão acertado. Paul King poderia ter esticado um pouco mais a história e perdido emoção. No entanto, ele encerra a trama em seu momento exato, no qual os olhos da audiência estão começando a ficar marejados. É lindo de ver em tela! Uma verdadeira aula dos britânicos de como contar uma boa fábula.

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